Estamos prosseguindo no estudo do livro de Gênesis. No domingo passado, discorri sobre a postura de Caim e seu ato arrogante e prepotente de afrontar a Deus construindo para si uma cidade, depois de ter assassinando seu irmão mais novo e ter sido banido da presença de Deus, se tornando um errante na terra.
Neste domingo iremos fazer “uma pausa” sobre esse curso descontrolado do pecado no mundo e tratar um pouco da manifestação da graça divina, sempre presente no coração e nos atos de Deus para com sua criação. Vamos discorrer sobre a descendência abençoada de Adão através da vida de seu filho Sete.
Não há dúvidas que Eva, quando deu o nome ao seu terceiro filho, estava novamente pensando no libertador, naquele que iria esmagar a cabeça da serpente. Eva, desde quando pecou, aguardava que um de seus filhos fosse aquele que vingaria a serpente que a seduziu, conforme Deus havia prometido.
O fato redentivo divino é que Deus supriu a perda de Eva dando-lhe um outro filho, um menino com um coração como o de Abel, seu irmão assassinado. Deus queria uma nova geração piedosa depois da morte de Abel. Uma geração que poderia resgatar de volta o relacionamento íntimo com Ele.
Em Sete, Deus trás essa nova geração para continuar manifestando sua eterna graça ao mundo caído! Sete é o ancestral de todas as gerações dos justos. Os propósitos de Deus continuariam através dele. Essa nova geração deveria ser uma geração que se estribasse exclusivamente na graça de Deus e não na prepotência e arrogância de Caim e sua descendência. Deus traria de volta o coração adorador de Abel na pessoa de seu irmão Sete e de sua descendência abençoada.
Com o nascimento de Sete, a espiritualidade do homem parece que renasce. Foi através dele e de seu filho Enos é que os homens começaram a invocar o nome de Yahweh em suas orações e clamores. E Jesus descende deles. A salvação começa em Sete, vai até Noé, chega até José e Maria, pais de Jesus, para nos alcançar hoje no Século XXI. É Deus mantendo sua aliança no decorrer da história.
Sete é aquele que Deus designou para perpetuar essa linhagem divina, e lemos que foi no tempo de Sete e do seu filho Enos que os homens começaram a se unir para adorar a Deus. Ali começaram as comunidades de fé que se unem para adorar Yahweh. Em outras palavras, Sete conduziu sua geração na direção certa para cultuar e honrar o Criador.
Podemos então dizer que Caim fundou a cidade e seus prazeres vis, mas foi Sete quem fundou a igreja e restaurou a adoração a Deus; podemos então dizer também que Caim buscou a sua própria glória, mas Sete pensava em servir e adorar a Deus e sua glória eterna; foi Caim quem subjugou o povo com violência e crueldade ao redor da sua cidade, mas em Sete vemos sua ação de ajuntar o povo ao redor Deus e de sua santidade majestosa.
O que vemos nessa postura do nosso irmão Sete e sua família é uma decisão firme em escolher Deus e colocar sua confiança nele, mesmo quando o mundo ao seu redor estava se tornando cada vez pior. E no meio daquele mundo de pecaminosidade e degeneração, a linhagem de Sete, a semente da mulher, decidiu adorar a Deus, servi-lo e segui-lo. Eles colocaram Deus em primeiro lugar em suas vidas; Yahweh era sua prioridade. E independentemente de quão ruim o mundo estava se tornando, e independentemente de quão ruins as coisas estavam ficando, eles confiaram suas vidas no terno cuidado do Pai.
Precisamos nos espelhar em Sete e decidir ser amigos de Deus, rejeitando a amizade com Caim e com esse mundo vil. Nossas vidas devem ser ofertadas diariamente aos pés de Jesus para vivermos de conformidade com os princípios abençoadores de Deus e de seu Reino bendito. Devemos tomar a firme decisão de fazer parte da linhagem divina e viver de conformidade com o nosso chamado de ir e abençoar as nações.
Sigamos, então, manifestando o Reino de Deus onde quer que estejamos, promovendo o amor e a paz, sendo agentes de bênçãos para todos ao nosso redor, sendo a linhagem bendita daqueles que decidiram seguir a Jesus e se submeter ao seu reinado. Amém.