Sete Dias e Tudo se Fez

No princípio o Deus triúno criou todas as coisas! Criou os céus e criou a terra, e tudo o que neles há. Criou o homem à sua imagem e semelhança e fez tudo conforme sua santa e excelsa vontade. Fez tudo muito bom!

Os caminhos que percorreu para começar e terminar sua criação, criada a partir do nada, são mistérios para os seres humanos, falhos e limitados. Ele criou inclusive o tempo, coisa que não conseguimos compreender com nossas mentes limitadas. Ele também pendurou cada astro no infinito universo, e para toda a sua criação teve propósito e um objetivo claro, incluindo eu e você. Isso porque nos amou de uma maneira tão imensa!

Nesse texto que lemos, há uma discussão sobre a literalidade da narrativa bíblica em Genesis capítulo 1, o que muitas vezes não entendemos muito bem. Nossos pensamentos nos assaltam e questionamos a maneira e a forma que o Eterno resolveu criar as coisas que vemos hoje. Claro que já sabemos de seu padrão consistente de usar a sua palavra para ordenar organização ao caos e para que os elementos ganhassem vida. Sabemos também que nada nem ninguém pode obstruir a ação de sua voz, pois todos e tudo lhe obedecem. Esse é o poder que tem o nosso Deus – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Observe bem no texto que lemos que a Luz foi criada no primeiro dia, mas o sol foi criado somente no quarto dia. Isso já nos informa que a luz do primeiro dia não é algo tangente como o nosso pequeno astro brilhante. A luz divina chega e toma conta de toda a escuridão do caos, produzindo vida e organizando todas as coisas.

Assim é Deus em nossas vidas. Ele chega em nossas escuridões e trevas, e pela sua presença criadora, ele ordena luz e vida, e organiza, e transforma em paz as guerras que travamos em nossos dilemas existenciais. Ali há sempre luz, graças ao amor de nosso Deus Eterno!

No segundo dia, Deus separa as águas dos céus, trazendo harmonia para aquela massa sem forma e vazia, criando céus e mar. E é no quinto dia que ele coloca os peixes nas águas e as aves nos céus – o segundo dia bem interligado ao quinto dia, como o primeiro foi interligado ao quarto dia. Fato pelo menos interessante…

E continua no terceiro dia, quando ele separa a terra seca das águas embaixo do firmamento; assim formaram-se os continentes. E a terra produziu com abundância, respondendo positivamente à ordem divina. E é no sexto dia que ele ordena que a terra mãe produza animais de toda a espécie para que povoassem a terra seca. E também formou o ser humano de forma linda e criativa – cria macho e fêmea à sua preciosa imagem. E, mais uma vez, observamos uma simetria entre o dia terceiro e o dia sexto.

E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era tudo muito bom, como diz Gênesis 1.31. Deus ficou muito satisfeito com o resultado de sua ação criativa de transformar caos em luz e vida, mas acima de tudo, de observar como ficou linda a equação perfeita da vida neste pequeno planeta, nesta pequena galáxia inserida nesse universo vasto e inescrutável. Tudo muito bom!

No sétimo dia, dizem as Escrituras Sagradas, ele descansa do seu labor. Mais uma vez os pensamentos nos assaltam e perguntamos a nós mesmos se é possível que o Deus eterno e poderoso possa vir a se cansar, e a resposta pronta e imediata é que isso seria impossível – Deus não se cansa nem se estressa, não vive debaixo do tempo, portanto é imutável em sua estrutura eterna. Mas, como já dissemos, ele é um mestre com uma didática perfeita para ensinar sua criação em como se comportar. Já que ele mesmo descansou, nós também devemos descansar de nossos labores e fadigas, coisas pertinentes aos seres humanos, falíveis e mortais.

O Criador nos convoca a descansar, e mais ainda, a descansar nele. A confiar num Deus que tudo fez e tudo criou para sua eterna glória, fruto de seu grande amor para conosco. Devemos imitá-lo e separar tempo para nosso descanso da lida da vida, mas também reservar tempo para descansar nele, e confiar somente naquele que nos ama de maneira tal.

Que seja assim. Que confiemos somente nele, naquele que tudo faz segundo sua maravilhosa vontade, que é boa, perfeita e agradável. Deus seja!

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