A história de Israel tem muitos episódios tristes. Deus sempre tratou com Israel com muito carinho, mas sempre também com muita firmeza. Sempre vimos que o povo de Deus sofreu exílios e foi levado cativo algumas vezes, e muito sofrimento ele viveu por sua constante desobediência. Das histórias de Israel devemos aprender lições para que não incorramos nos mesmos erros que eles.
Um dos episódios mais tristes do povo de Deus foi quando a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos e queimados. Isto se deu por volta de 586 a.C. durante a ascensão do império babilônico e exilio do povo de Israel; Neemias era um dos exilados. Ele estava na Pérsia e tinha um cargo muito importante no reinado do rei Artaxesxes I – ele era o copeiro de rei, o segundo na linha de comando, ele e era mais importante que os governadores das províncias. Ele recebeu informação de que Jerusalém estava desolada, e que a pobreza impera dentro de seus limites. Os muros e as portas estavam queimadas e o povo vivia sem esperanças.
O copeiro do rei chora amargamente, ora e jejua, e pede a Deus que restaure os muros da cidade santa. Deus ouve o seu clamor. O rei envia Neemias para a missão de restaurar a sua cidade natal, e ele chega a Jerusalém, estuda a situação da cidade por três dias e leva o povo a ver a situação desoladora em que se encontravam; ele se coloca como um dentre eles (Neemias 2.17). Imediatamente chama o povo à consciência de que precisavam fazer alguma coisa, lhes assegura a proteção de Deus pelas Suas eternas promessas, e de maneira milagrosa, depois de 52 dias desde seu desembarque em Jerusalém, os muros já estão reedificados.
Minhas irmãs e irmãos! Demorou 141 anos para que alguém tomasse a iniciativa para que os muros da cidade fossem reedificados! Que notícia absurda! Um trabalho que durou menos de 2 meses para ficar pronto, ficou por fazer por mais de 100 anos.
Somos muitas vezes como os israelitas, paralisados pelas fatalidades e desgraças de nossas vidas; sem ânimo e sem esperança. Não podemos permitir que os eventos do cotidiano que intentam contra nossa estabilidade e alegria venham a nos paralisar. Deus prometeu cuidar e zelar de nós, e devemos crer em suas preciosas promessas.
Em nossas histórias sempre teremos dificuldades e momentos onde não sabemos como agir. Parece que ficamos paralisados pela ação das dificuldades. As resistências e as fatalidades nos deixam como que adormecidos e sem forças, ficamos como que paralisados na vida. Contudo, a paralisia do povo diante de suas desgraças e fatalidades não justifica. A minha e a sua também não. Ao invés de paralisia, murmuração e reclamações pela sua situação caótica, eles deveriam ter crido na promessa de restauração que Ezequiel, Jeremias e outros profetas haviam dito 250 anos antes. Deus haveria de restaurar a Sua cidade, e alguém deveria ter se disposto a executar a obra. Na sua vida, para seus muros derribados, pra situações caóticas, esse alguém tem que ser você.
O que está precisando de restauração na sua vida? Vai demorar quanto tempo para você pegar e fazer? 141 anos? Lembre-se que o mesmo povo pobre e desolado que vivia em Israel foi quem construiu seus próprios muros. Não podemos desanimar diante da situação e achar que somos “pobres coitados” na vida. Isto não é teologia da Prosperidade, mas certamente uma teologia bíblica de que Deus quer seus filhos e filhas crescendo na direção do crescimento e das melhorias, da alegria e da paz. Portanto, Mãos à obra! E que Deus nos abençoe em nossas reconstruções urgentes e necessárias.