Só teremos uma profunda intimidade com Deus, por meio do Espírito Santo. Intimidade quer dizer aquilo que há de mais profundo no homem e em Deus. O próprio ser humano precisa querer dar-se a Deus no mais profundo de si, porque Deus conhece o nosso íntimo, mas é preciso buscar uma amizade profunda com Deus, a ponto de dizer: “Já não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2.20).
Só teremos uma profunda intimidade com Deus, por meio do Espírito Santo, pois só ele pode nos levar a uma plena comunhão com o Pai. “A nós, porém, Deus o revelou pelo Espírito. Pois, o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus” (1Coríntios 2.10). O Espírito nos leva às profundezas de Deus, ou seja, à intimidade; é Ele quem nos revela Deus. O Espírito nos leva à profundidade com Deus e, com o Espírito, o Senhor torna-se nosso “hóspede”.
Ser íntimo do Senhor é apresentar-se a ele ou estar diante d’Ele despojado de si mesmo; é desvelar-se, tirar as máscaras; esvaziar-se totalmente; apresentar-se como dependente unicamente d’Ele; sair da hipocrisia para a transparência. Estar totalmente “nu” diante de Deus implica, também, em não ter vontade própria; assumir a vontade de Deus e não estar cheio de si.
O viver submisso a Deus é caminho para uma profunda intimidade com Ele. Assim, a vida torna-se plena de sentido quando nos rendemos ao seu doce amor e à ação do Espírito.
O caminho para a intimidade com Deus requer morte interior e, acima de tudo, renúncia; o sair ou transpor a atmosfera material para a transcendental; é estar totalmente no outro (em Deus). A busca da intimidade com Deus nos proporciona rasgar o véu do santuário e penetrarmos na vida de Deus, participar dela. Pois, a intimidade está ligada na esperança desta vida em Deus (Hebreus 6.19).
A intimidade com o Senhor, com a Trindade, vai muito além de uma experiência mística, ela é parte da morada de Deus. Por isso, quem é íntimo de Deus não fica preso a nada, ao contrário, experimenta a liberdade plena. Contudo, ser íntimo é ser livre diante da pessoa, sem medo ou constrangimento.
Você já se perguntou por que algumas pessoas têm mais intimidade com Deus do que as outras? Você já pode ter pensado que, como muitos pais humanos, Deus teria seus filhos favoritos. Enquanto alguns parecem ser tão íntimos e próximos, outros parecem distantes e indiferentes com o Pai. Mas a realidade é que Deus não tem favoritos e nem ama um filho menos do que o outro (Atos 10.34). Ele ama cada ser humano com amor infinito e incondicional. Ele trouxe a todos a liberdade de aproximar do Seu trono da graça com confiança. Sendo assim, somos nós, e não Ele, quem escolhe o quão perto ou longe estaremos do Seu trono onde Deus se encontra. “Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” (Hebreus 4.16).
Portanto, a intimidade com Deus depende apenas da nossa vontade e comprometimento de nos aproximarmos Dele. O convite de Jesus está sempre aberto. Ele fala em nossos corações: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” (Apocalipse 3.26)