Amor, misericórdia, santidade, justiça e retidão são alguns dos atributos de Deus que estão mais diretamente ligados ao conceito de graça. Compreender esses atributos divinos só se torna possível se antes os recebermos do próprio Deus, visto que são atributos que Ele imprime em nós. Por não fazer parte da nossa

natureza, apenas o Espírito Santo pode mover nossa cognição para que sejamos capazes de absorver o significado desse dom maravilhoso

que recebemos de Deus. Graça é favor imerecido e o conhecimento daquilo que de fato merecemos e o que custa para Deus ser gracioso, é a medida da sua graça. Sabemos

que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”, como nos afirma o texto de Romanos 3.23, mas precisamos entender antes o que o

nosso pecado de fato significa para Deus. O pecado nos torna inimigos de Deus, nos afastando dele e trazendo a condenação à morte. Para termos a conta exata de quão ofensivos são os nossos pecados para Deus, basta olhar para a cruz. Absolutamente nada além do sacrifício do Cordeiro perfeito tem o

poder de anular os nossos pecados, por isso dizemos que Jesus é o nosso único e suficiente salvador (Hb 10. 6,7). Você que é pai ou mãe, entregaria seu filho à morte em favor de alguém? Deus entregou seu único filho. Esse sacrifício voluntário é tão valioso quanto o próprio Deus,

ou seja, seu valor é infinito, incalculável. O que nos prova que este também é tamanho da ofensa do nosso pecado, porque, sendo Deus o justo juiz, ele não pode aplicar pena

demasiadamente dura assim como também não afrouxa a justiça.

Deus nos ofereceu graça quando não

tínhamos se quer consciência da nossa situação, estávamos mortos em nosso delitos e pecados. Portanto, a graça de Deus é destinada aos seus inimigos (Rm 5.8). Se fôssemos amigos, o favor

seria merecido e não seria graça.

Deus concede o maior presente aos que mereciam a maior punição, por isso é muito mais do que um favor imerecido. Nós recebemos o

que Jesus, – que nunca conheceu pecado – merecia, enquanto Jesus recebeu o que nós merecíamos, a ira e a justiça de Deus contra todos os pecados daqueles que creem nele (2

Co 5.21). Através do sangue de Jesus somos remidos definitivamente das nossas ofensas infinitas (Is 1.18) e podemos tomar assento como filhos adotivos na mesa da graça Pai.

Pelo sangue de Jesus também somos

apresentados ao novo e vivo caminho sendo chamados a propagar o Reino de Deus através das nossas atitudes e refletindo o caráter de Cristo, que agora habita em nós. Enquanto caminhamos, a graça revela seu

poder transformador (2 Co 12.9) que faz com sejamos aperfeiçoados nas nossas fraquezas e nos faz permanecer firmes na esperança das

promessas de Deus. Apenas pela a santificação poderemos responder positivamente à graça com alegria

e gratidão, buscando com perseverança o aperfeiçoamento da nossa fé para que possamos andar nas boas obras para as quais

Ele nos chamou.