Páscoa, Tempo de Celebração!

Páscoa! Ela é uma das datas mais importantes para a cristandade no mundo todo. É a celebração da vida e dos recomeços. É Jesus Cristo, o verdadeiro filho de Deus, encarnado como filho da Virgem Maria, se entregando por amor a nós. É o cordeiro divino sendo sacrificado, de uma vez por todas, para que muitos fossem salvos por sua atitude altruísta de amor pela humanidade.

É muito difícil de entender tamanho amor, contudo ele necessariamente não precisa ser entendido; ele deve ser recebido, aceito e nada mais. Jesus não espera que compreendamos seu ato extraordinário de amor por nós; ele espera que o recebamos com fé, alegria e gratidão. O convite de Deus é para que, pela fé, recebamos Cristo em nossas vidas. É essa a mensagem da Páscoa!

Entretanto, para que compreendamos melhor os atos do amor de Deus a nosso favor, um elemento histórico precisa ser adicionado ao conceito da Páscoa Cristã: a experiência narrada na Bíblia Sagrada sobre Abrão e seu filho Isaque (Gênesis 22.7).

Nos primórdios, quando Abrão foi chamado por Deus, dele foi solicitado uma ação muito difícil, talvez impossível aos olhos humanos: o de sacrificar seu próprio filho para Deus. Isaque de nada sabia, pois Deus requereu essa ação de Abrão, e não dele. Mas no caminho para o holocausto, eles, Isaque e Abrão, levavam a lenha, o fogo, e o cutelo (o instrumento de corte para abater o animal), mas não havia cordeiro para o sacrifício. Isaque, já rapaz, faz uma indagação apropriada: Temos o fogo, a lenha, o cutelo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?

A resposta de seu pai ficou marcada por sua celebre frase: Deus Proverá para si o cordeiro! Essa era a fé e a certeza que Abrão tinha em seu coração, que Deus nunca o abandonaria, e Deus proveu o cordeiro para Abraão e para Isaque.

O mais lindo, entretanto, é o fato de que João Batista, já no Novo Testamento, muitos anos depois, é quem responde com extrema propriedade a pergunta feita por Isaque a seu pai Abrão de onde estaria o cordeiro. João Batista aponta para Jesus e diz: “Eis aqui o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1.29). Deus proveu para Isaque um cordeiro, e Deus proveu Jesus, o Cordeiro Pascal, para todos nós!

Nem todos os cordeiros da terra seriam suficientes para aplacar a ira divina, pois foi somente naquela sexta-feira terrível que o sacrifício cabal aconteceu. O filho de Deus, Jesus Cristo, morreu em nosso lugar – Ele é o divino cordeiro que Deus providenciou para nossa completa alegria.

Aquela Páscoa, há mais de dois mil anos, foi a mais importante de todas as comemorações pascais. Houve trevas sobre a terra, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e mortos ressuscitaram, é o que narra São Mateus no capítulo 27. Contudo, o mais importante ainda estava ainda por acontecer: é que naquele domingo de Páscoa, Jesus ressuscitou dentre os mortos. Ele não ficou na sepultura, mas saiu dela trazendo as chaves da morte e do inferno. De fato, ele foi colocado naquela sepultura como o Cordeiro Pascal, mas saiu dela como o Rei de toda a criação e o Salvador da humanidade. Ele é o grande vitorioso, aquele que triunfou sobre a morte. O céu esperava por aquele momento; os anjos, arcanjos, querubins, serafins, e o próprio Deus, todos aguardavam por aquela Páscoa, o dia grandioso da vitória do Cordeiro de Deus.

Celebraremos mais uma Páscoa neste ano de 2022. A minha prece é que celebremos com toda alegria esse momento especialíssimo da história cristã, portanto da nossa história. Lembremos, entretanto, que os doces, bombons, ovos de chocolate, a bacalhoada de domingo, e tantas outras especialidades desta época, não devem tirar o brilho e a alegria da verdade feliz de que Jesus ressuscitou e por isso temos o perdão e a vida.

Feliz Páscoa para todos, e que haja muita alegria em cada lar e em cada coração nesse tempo de celebração da vida.

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