Acredito, sinceramente, que todos experimentam momentos de tensão, aflição e angústia. Eles cercam a nossa vida em situações ou circunstâncias específicas, e as reações que temos são ou podem ser diversas. Assim, chego à seguinte conclusão: ninguém está imune a esses momentos. Contudo, o problema, a princípio, não é o experimentar esses momentos, mas como vamos experimentá-los. Esta é a diferença! O próprio Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas ele venceu (João 16.32, 33)! É nessa fé, é nessa esperança e nessa consciência que o salmista eleva a sua voz em súplica a Deus e clama: “Ouve, ó Deus, a minha súplica; atende à minha oração” (Salmo 61.1).
Deus jamais deixará de ouvir as nossas orações. O SENHOR Deus sempre fará o melhor! Por quê? O salmista nos dá a resposta: primeiro, Deus tem sido o refúgio e torre forte (Salmo 61.3). E não é? Quantos foram e ainda são os momentos de aflição, tristeza e angústia que já enfrentamos? Quantos foram e ainda são os momentos em que pensamos que não iríamos aguentar mais? Quantas vezes o coração temeu (ou ainda teme), a alegria sumiu, os recursos foram insuficientes e a capacidade que pensamos ter se tornou tão pequena? Apesar de tudo isso, chegamos aqui! Como disse o sacerdote Samuel, após uma vencer uma guerra contra os filisteus numa cidade chamada Mispa: “… até aqui nos ajudou o SENHOR”. De fato, o SENHOR sempre nos ajudou, ainda que os nossos olhos estivessem fechados e nosso olhar desviado para as turbulências ao nosso redor, seja por questões familiares, profissionais, econômicas e até de cunho pessoal e/ou emocional, Deus tem sido o nosso refúgio, ou seja, ele tem sido aquele que tem guardado a nova vida! O apóstolo Paulo deixa isso muito claro em Atos 17.28: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos …”. O interessante nas palavras do apóstolo é que todo o ser humano, independentemente de seu credo ou religião, tem a sua vida dependente de Deus.
Por último, Deus ouve (Salmo 61.5). Ele não é surdo! E mais que isso, ele não apenas ouve as nossas súplicas, os nossos votos, mas se movimenta manifestando a sua vontade a respeito de nossas súplicas e votos. O que estou dizendo é que jamais Deus deixará de responder àqueles que o buscam com o coração contrito, quebrantado e sedento de sua presença. Mas, não podemos confundir a audição da nossa oração com o responder conforme queremos. Este é, aliás, o motivo de crises espirituais em muitas pessoas que encontramos na jornada cristã, pois pensam que o fato de Deus ouvir as nossas orações implica, necessariamente, atendê-las conforme queremos. Não, não é! Há uma distância enorme e profunda entre a nossa vontade e a de Deus. Há uma grande distância entre aquilo que pensamos ser bom para nós, daquilo que Deus entende e sabe que é bom para nós. A Escritura Santa diz que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.2). Daí, o que deve motivar a nossa oração e trazer descanso para a nossa alma é saber que, independente do que penso ou quero, Deus fará o melhor! Quem ora e descansa na vontade do Pai, jamais receberá como resposta aflição na alma, mas paz!
Seja assim continuamente em nossa vida, e que nosso Deus ajude o seu povo nessa caminhada. Ouve as Nossas Preces, Senhor!