Este é o Segundo Domingo do Advento e O tema dele é o amor. O objetivo do Advento de Jesus é nos prepararmos para a sua chegada numa expectativa repleta de alegria, de esperança e de paz, pelo vínculo da perfeição, que é o amor. A nossa meditação será sobre o amor, para que o Pai Eterno encha as nossas vidas do seu amor eterno, à medida que nos preparamos sua gloriosa vinda neste novo ano de graça.
Começo aqui refletindo sobre o nosso desejo, de uma forma ou de outra, de querermos ser perfeitos. Ninguém gosta de errar. Quando falhamos nos sentimos mal. Gostaríamos de nunca errar – esse é o tipo de perfeição que eu estou me referindo. A fórmula para este sucesso é uma busca incessante por Deus e seu amor excelso, e ao mesmo tempo mostrar isso, de forma prática e generosa, ao nosso semelhante.
No texto que lemos, o apóstolo Paulo exalta tanto o valor do amor que chega a chamá-lo de “o vínculo da perfeição” Uma vida perfeita só pode ser encontrada centrada e embasada no amor: O amor a Deus acima de todas as coisas e revelado ao próximo com ações verdadeiras e práticas.
O fundamento de nossa vida de santificação rumo a perfeição, coisa que perseguimos sempre, repousa inteiramente no solo do amor; é isto que as Escrituras nos ensinam. O que Deus pede de nós? Que amemos, pois quem ama cumpre toda a lei. Não é de se admirar, portanto, que todas as nossas ações serão julgadas pelos padrões que manifestem sinais que procedam da fonte do amor. Não é de se maravilhar também que todos os dons espirituais e talentos pessoais, que são excelentes e preciosos, somente revelam seu verdadeiro valor quando relacionados ao amor, quando procedem do amor. Até mesmo nossas ações e nossos bens só têm valor se conquistados em amor.
O amor é a fonte de todas as ações “perfeitas”, conforme dizem as Escrituras. A perfeição pelo amor é exemplificada pelo próprio Deus na doação livre de seu filho Jesus Cristo para nossa salvação. Se quisermos ser perfeitos, devemos mirar na pessoa de Deus para compreendermos que o amor é o que nos amarra, nos prende, nos vincula à perfeição. Ser perfeito é amar de todo o coração, a Deus e ao próximo.
Por isso o amor é o vínculo da perfeição. Sem ele, não somos nada. A perfeição pode ser vista e experimentada por nós através da essência de Deus, o amor. Sem Deus, não se ama, portanto, é necessário conhecê-lo e desenvolver um relacionamento pessoal e íntimo com ele, pois Deus é perfeito, por isso que ele é amor.
Não há como desvincular a perfeição do amor. Somente seremos perfeitos quando amarmos. Como já disse, o amor é o vínculo da perfeição, portanto se quisermos ser santos devemos amar. Não amamos naturalmente. Precisamos ser intencionais e ter modelos para que alcancemos a perfeição no amor. E, acima de tudo, amar é um ato devocional.
Meus amados, o modelo nos foi dado e devemos segui-lo com firmeza e decisão. Devemos amar como Deus nos amou, e tomarmos o seu caráter santo e perfeito como nosso padrão de vida: Amar mostrando graça e santidade; amar com misericórdia e justiça; amar com paciência e sabedoria. Amar como Deus ama. Esse deve ser o nosso alvo. Essa deve ser nossa meta mais alta. Esse deve ser o objetivo primeiro de todo cristão.
Que Deus nos capacite a exercer este amor sublime e profundo em nosso cotidiano, e que aprendamos com o nosso amado Deus a expressar o amor para que sejamos perfeitos como ele é perfeito. Portanto, amemos, nós também, de fato e de verdade.