A história nos conta alguns detalhes bem específicos da vida de Jesus. Somos ensinados acerca do nascimento dele, mesmo antes de Maria ficar grávida. Nós lemos na Bíblia que Jesus não estava aqui para ser servido, como um rei, ao invés, ele veio para servir os outros e, ao fazê-lo, “dar a sua vida em resgate por muitos”. A Bíblia também nos conta que Jesus é o Filho de Deus, enviado por Ele para ser o “Salvador do mundo.” É por isso que há grande alegria no Natal. Não é felicidade apenas pela época em si: o dar e receber presentes legais, comer boa comida e encontrar amigos e família, mas uma alegria profunda e verdadeira. Jesus vem com a “boa-nova de grande alegria”.
Mas, para responder à pergunta acerca de quem Jesus é, precisamos considerar tanto a sua vida adulta como o seu nascimento naquela estrebaria. Ele viveu, trabalhou e ensinou na terra por trinta e três anos. E nós podemos ficar surpresos ao ler que, em vez de ser uma figura que unia a humanidade com ternos e vagos sentimentos de alegria natalina, como a tradição sugere, o verdadeiro Jesus trouxe divisão. A sua identidade era tão marcante que ele provocava reações variadas entre as pessoas que encontrava.
Diferente de mim ou de você, esse homem existia antes de ter nascido. Antes de ser concebido no ventre da virgem Maria, ele existia. E isso se encaixa com o ensino de Jesus de que ele voltaria para Deus. Nos versículos 33 e 34 do capítulo 7 do Evangelho de São João, Jesus disse: “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou. Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir”. Então, nos versículos 35 e 36, os judeus disseram: “Para onde irá este que não o possamos achar? Irá, porventura, para a Dispersão entre os gregos, com o fim de os ensinar?” O que significa, de fato, o que ele diz: “Haveis de procurar-me e não me achareis; também onde eu estou, vós não podeis ir?”. Jesus veio de Deus e estava voltando para Deus. Talvez você esteja começando a ver que o verdadeiro Jesus não se amolda ao mero retrato em torno do qual tantas tradições e costumes de Natal foram construídas.
Mas, responder à pergunta acerca da identidade de Jesus não é suficiente. Nós precisamos considerar por que Jesus veio. Volte comigo ao nascimento na estrebaria. Você se lembra da mensagem que os anjos trouxeram à mãe do menino, a Maria? Talvez você a tenha lido na Bíblia em uma celebração de Natal. O anjo disse: “E lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Nós podemos ler isso no Evangelho de São Mateus, capítulo 1, versículo 21. É por isso que podemos ter alegria verdadeira no Natal!
Era disso que o profeta Isaías falava naquelas palavras que ouvimos com tanta frequência nesta época do ano (Isaias 9:1-7): “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. […] Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.”
É por isso que há alegria no Natal, porque é no Natal que entendemos e experimentamos a vinda de nosso Libertador, do nosso Salvador – Jesus Cristo, nascido em Belém. Feliz verdadeiro Natal!