O Remédio para a Ansiedade

Esse ano nosso tema é: Esperança, Confiança e Fé para o Futuro. E seguimos na temática do mês, que é sobre a ansiedade. Estar ansioso com algo, preocupado com algo, é muito humano – não é disso que estamos falando. A ansiedade se torna um problema quando ela se torna um modo de vida. É o “viver ansioso”. É uma tentativa vã de tentar ser suficiente todo o tempo, e ainda assim, nos sentirmos insuficientes. Arrisco dizer que quase todos nós enfrentamos esse problema vez ou outra.

Vamos meditar hoje sobre Mateus 6.25-34, que faz parte do “Sermão do Monte”. Esse trecho está localizado logo após uma chamada de atenção de Jesus com relação às riquezas. Ele fala sobre o perigo de colocar o coração no dinheiro, porque não se pode servir a dois senhores – ou se serve a Deus, ou ao deus-dinheiro. E, na sequência, Jesus fala sobre a ansiedade. Parece que está mudando de assunto, não parece? Mas não é à toa que esses temas estão sequenciais. Se na riqueza corremos o risco de idolatrar o deus das riquezas, na escassez e no viver ansioso com a vida, corremos o mesmo risco – a escassez nada mais é que a abundância ao contrário. A idolatria é quando algo tomar o lugar de Deus, e por isso é possível sermos idólatras na riqueza e na pobreza; no excesso ou na falta. O problema está no nosso coração e naquilo que toma lugar de prioridade; seja a abundância, ou seja a escassez.

A ansiedade é um dos sinais que tem algo errado com as prioridades do nosso coração. E o primeiro passo para tratarmos o nosso viver ansioso é reconhecermos que nosso coração é idólatra. Os discípulos, os crentes em Jesus, eu e você, quando vivemos ansiosos, estamos esquecendo de quem Deus é e não o reconhecemos como Senhor absoluto das nossas vidas. O primeiro passo é, então, reconhecer que nosso coração nem sempre está alinhado com o Senhor Deus.

O segundo passo para tratarmos nosso viver ansioso é reconhecer que o nosso Pai do céu sabe o que precisamos. O nosso Pai nos conhece, melhor do que nós mesmos, inclusive! Nós nos confundimos, por vezes, pensando que Deus sempre nos dará o “básico”; interpretamos esse texto de forma equivocada, pensando que não passaremos por dificuldades, já que “tudo nos será acrescentado”. Mas, o que esse texto nos diz é que Ele nos dará tudo o que nosso coração precisa. E o que precisamos mais do que tudo, é Dele.

Jesus não veio ao mundo para erradicar a pobreza, ou para dar conforto aos seus escolhidos. Ele veio para que pudéssemos ter vida eterna Nele. E somente quando tivermos a certeza de que nosso Pai nos dará TUDO o que precisamos, é que conseguiremos nos libertar do viver ansioso. Esse passo talvez seja o mais difícil, especialmente se hoje você está passando por um momento de escassez. Lembre-se: o seu Pai sabe o que você precisa.

Por último, o terceiro passo para não vivermos ansiosos, o maior remédio para a ansiedade, é a adoração a Deus. Se o viver ansioso é sintoma de um coração idólatra, adorar ao Deus soberano traz ordem ao nosso coração. Reconhecer o lugar soberano de Deus sobre minha vida é o que cura meu coração ansioso. Porque se eu adoro um Deus que tudo controla, por que estou agitado? Adorar a Deus reordena nossas prioridades e dá a dimensão correta para o que estamos passando. E o que é adoração? A essência da adoração é saber quem Deus é. Reconhecê-lo por quem Ele é, o Deus Criador, nos move para mais longe da idolatria do controle do nosso coração.

Esse texto encerra com uma chamada muito racional. Parece que Jesus está resumindo o que Ele falou: nós não controlamos absolutamente nada! Não conseguimos garantir o dia de amanhã, e muito menos controlarmos o mal do dia de amanhã. Mas, o viver ansioso tem remédio porque tem Alguém que tudo controla. Tem Alguém que já sabe de todo o bem e de todo o mal de amanhã, e de todos os amanhãs que teremos. E a melhor notícia é: Ele é seu Pai. E Ele sabe de tudo o que você precisa.

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