A Páscoa parece já distante de nós outra vez. Quase nos esquecemos da data e o motivo que celebramos na semana passada: a ressurreição de nosso Senhor Jesus! Até mesmo pelo feriado prolongado dessa semana (e vamos ter mais um na semana que vem…), parece que ficou lá atrás a celebração da Páscoa. Foi Páscoa, pessoal!
E Páscoa nos remete à Ressurreição e a celebra- ção da vida! Não podemos nos esquecer disso, e sim acalentar os resultados da obra redentora de Jesus em nossa alma e viver intensamente a vida que Ele mesmo nos propôs pelo seu poder, pela sua ressurreição. Temos que nos lembrar de que é pela ressurreição que temos vida, e vida abundante em Jesus.
Vida espiritual sim, é claro, mas também significa que a vida continua e que temos deveres e obrigações para com Deus e para com o próximo. A ressurreição nos convida a colocar a “mão no arado” e trabalhar para a boa causa do Reino do Senhor Jesus.
Entretanto, há momentos na vida que não enxergamos o que é requerido de nós, qual o propósito de Deus para nossa existência. Nessas horas alguém precisa nos ajudar e nos orientar naquilo que convém ser feito. Alguém precisa nos pegar pelas mãos e nos apontar o caminho, pois é comum em algum tempo de nossa trajetória aqui na terra a nossa percepção ficar limitada e ficamos como que “cegos” para continuar caminhando.
É aí que Deus, através de sua maravilhosa graça, coloca pessoas especiais em nossa jornada para nos ajudar a descobrir o que e como nós devemos fazer, quais são os próximos passos a dar na caminhada cristã. É aí que a igreja faz sentido.
O problema é que muitas vezes temos resistência em nos submeter aos conselhos e liderança de outras pessoas. Somos “turrões” e acreditamos que somente nós temos a razão para as questões que nos rodeiam. Pensamos que sabemos da Bíblia, que entendemos de religião, somos maduros suficiente, e assim perdemos a oportunidade de abençoar e ser abençoados.
O fato é que Deus permite que, vez por outra, nos tornemos “cegos” em nosso caminho para que outras pessoas entrem, nos ajudem, e assim nossa visão se alargue e seja restaurada, e percamos essa pretensa sensação de autossuficiência. É a igreja cumprindo o seu papel!
Lembre-se de que o crescimento humano é algo que forçosamente vem pela dor e pelo trauma, disso tenho alertado a igreja com frequência. Como Saulo teve a sua experiência marcante, traumática, e venceu seus traumas e cresceu, assim também nós precisamos da ajuda de Deus para que possamos enxergar melhor ao nosso redor e promover desenvolvimento em nossas vidas. Saulo precisou de que Deus o interrompesse em sua jornada e colocasse pessoas em seu caminho para orientá-lo.
Assim também acontece conosco. Deus se apresenta a nós e muitas vezes nos “cega” a visão terrena para que, forçosamente, vejamos com os olhos espirituais. Por vezes é uma enfermidade, outras vezes um desemprego, outras vezes o falecimento de um ente querido, outras tantas é um rompimento de relacionamentos, lutas e dificuldades financeiras, e tantas outras que poderia citar. Saulo somente iria perceber que estava equivocado quando Jesus entra em seu caminho e tira sua visão! Deus interrompeu a escalada de Saulo para o transformar e fazer dele uma ferramenta de muita utilidade para o Reino. Alguém teve de entrar na vida de Saulo para ajudá-lo – e só então ele se tornou o grande apóstolo Paulo.
Quando a igreja cumpre o seu papel, quando eu cumpro o meu papel, fazemos aquilo que nos convém, e assim servimos ao Reino do eterno Deus.
A vida continua. A esperança está acessa. Peçamos a Deus que ele nos envie sempre boa palavra para que entendamos com mais clareza aquilo que é nosso dever, aquilo que nos convém fazer, para que sejamos luz em meio a trevas e paz para todas as gentes.
Deus nos abençoe!
Rev. Robson Gomes