O privilégio de Adorar um Deus Vivo e Pessoal

Todos os anos, nas comemorações da Páscoa, mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo se reunem neste mesmo dia para comemorar o maior evento da história redentiva da humanidade. Neste dia, tem mais pessoas “voltadas para Cristo” e celebrando sua ressurreição do que campeonatos de futebol, lutas de UFC, Oscar na TV, e qualquer outro evento mundial. São centenas de milhares de cristãos pelo mundo afora que voltam seus corações para relembrar a manhã daquele domingo feliz na cidade de Jerusalém – afinal de contas, Jesus, o profeta, ressuscitou.

Como qualquer evento acontecido no tempo e espaço, a Páscoa se relaciona a tudo o que veio antes dela e tudo o que se seguiu após ela. A vinda de Deus à terra, esta invasão definitiva de Deus entrando em nossa existência, marcou de uma vez por todas a vida deste planeta – nossa história é antes e depois de Cristo. Por anos a profecia foi avisando que Deus tinha planos elevados para a raça humana; Deus pensava nela como objeto do seu amor e enviaria seu filho para resgatar o pecador perdido e morto em seus pecados. E em um momento especial, acontecido no tempo, alguém encarnou a profecia para realizar o seu cumprimento. Esse alguém, cujo poder desafiava os líderes políticos e religiosos, e toda a potestade infernal, revelou seu grande amor tocando e transformando a todos que tivessem ouvidos para ouvir as suas boas novas. Vidas ao seu redor se encheram de esperança só porque ele estava lá.

Mas, o clímax dessa grande invasão divina surpreendeu a todos. De repente, uma entrada triunfal em Jerusalém o estava levando à uma aparente tragédia… conversas sobre sofrimento e traição… uma prisão injusta… um julgamento criminoso e cheio de zombaria… e, finalmente, uma crucificação hedionda. A esperança parecia desfalecida e morta naquela sepultura; a esperança parecia que havia sido selada por uma grande pedra pesada. Mas, então, no início do terceiro dia, o alvorecer daquela manhã de domingo revelou o poder de Deus para além de qualquer coisa que alguém poderia imaginar. Deus tirou o seu filho da morte! Ele removeu aquela grande pedra!

Certamente, somente depois daquela manhã gloriosa é que alguém poderia compreender a verdadeira dimensão da cruz. Deus não havia perdido para a oposição, mas usou a oposição para revelar sua grande oportunidade para toda a humanidade; e todos participaram de seu eterno plano. A aparente derrota era, na verdade, uma porta que se abria para a salvação de muitos. A tragédia daquela sexta-feira e o silêncio daquele sábado eram parte do grande triunfo da vida, planejada há muito pelo Criador. O sacrifício derradeiro do Santo liberou o poder pleno para todos que abraçaram a fé em Jesus. Deus sempre no controle!

Por isso, a verdade por detrás da celebração da Páscoa é simplesmente isso: vivemos em um mundo em que Deus sempre tem a última palavra; ele é quem determina o final. Simples assim! Quaisquer que sejam as pedras que selaram a esperança do mundo, ele as retira e promove o retorno da vida. Quaisquer pedras que possam ter cerrado as suas esperanças, na autoridade do mesmo poder, eu peço ao Pai para que você experimente o poder de Deus para removê-las – as pedras de incerteza, do medo, das circunstâncias, do desespero, e de tantas outras coisas que nos atormentam neste tempo tenebroso e tenso. O mesmo Deus que removeu a pedra do túmulo onde estava o corpo de Jesus é o mesmo Deus que promove milagres hoje em nossas vidas removendo as pedras que cerram os nossos túmulos. Temos que crer nisso!

Ao celebrarmos a ressurreição de nosso Cristo, somos lembrados nas Escrituras que este evento nunca foi meramente um conceito impessoal de poder, mas um encontro pessoal com sua família da fé. Lá no jardim, onde estava seu túmulo, as mulheres foram para visitar um morto, mas encontraram um Jesus pessoal e vivo. Na narrativa de São João (20.16) revela a pessoalidade de nosso Jesus que chama Maria pelo nome e ela responde lindamente – Mestre! Os discípulos, da mesma forma, tiveram suas vidas tocadas pelas mãos e pelas palavras de um Deus pessoal.

Hoje, temos o privilégio de adorar um Deus vivo e pessoal, que anda em nosso meio, transita em nossos caminhos; temos a alegria de conviver com o Eterno dentro de nós, vivo e atuante em nossas jornadas; temos a grata oportunidade de levar seu amor e sua paz a todos que cruzam o nosso caminho, pois ele está, de fato, vivo em nós. Uma vez ouvi que a grande prova de que o túmulo está vazio é o fato dos nossos corações estarem cheios dele – que coisa linda! Eu sei que ele não está lá, porque ele está aqui dentro do meu peito, andando comigo em meus caminhos e descaminhos – sempre comigo!

Quero encerrar lembrando das palavras do Mestre aos discípulos amedrontados e com as portas trancadas da casa onde estavam, com medo dos judeus: Paz seja convosco! Paz seja convosco! Ouça a voz do Jesus Ressurreto dizendo isso a você agora mesmo: Paz seja com você! E isso te bastará.

Uma feliz e abençoada Páscoa para todos, e que ela seja repleta da pessoa preciosa de Jesus, aquele que vive e anda aqui com a gente.

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