Você já reparou que boa parte dos momentos em que entendemos determinado assunto ou aprendemos algo, existe um questionamento ou dúvida em forma de pergunta que dá início a este processo? Quando isso acontece, mesmo que este questionamento não tenha sido levantado por nós mesmos ou que tenha nascido da nossa própria vontade, ele nos leva a posicionar nossas conexões mentais e nos ajuda a concentrar nosso foco no assunto abordado. Também é importante perceber nem todos os questionamentos e dúvidas sejam elas internas ou externas nos levam a aprender ou entender alguma coisa. Alguns questionamentos são utilizados para forçar uma visão ou opinião sobre determinado assunto e muitas vezes colocar o alvo do questionamento em “maus lençóis”; em outras palavras, colocar alguém ou alguma coisa em uma situação difícil ou de teste (Marcos 10.2 – Lucas 10.25 – Mateus 22.17-18).
E infelizmente, muitos assuntos bíblicos são iniciados por nós com questionamentos carregados de intenções secundárias, perversidade e que nada têm a ver com o núcleo (principal intenção) do texto. São questionamentos corrompidos por nossa própria agenda, que é a intenção de conseguir algo além do aprendizado.
Quando o assunto é a Trindade Divina nos deparamos com uma “chuva” de questionamentos perversos e que desviam o foco fundamental do ensino bíblico. Sejam em sermões de YouTube, blogs de igrejas e ministérios e sites de teologia atuais encontramos uma forte tendência de seus criadores a guiarem seus questionamentos por dois caminhos: 1º) Aqueles que querem impedir qualquer abordagem do assunto desviando o nosso pensamento para a conclusão do “mistério”. 2º) Os que querem questionar a Deus para descobrir a fórmula mágica da manipulação do poder, do dogma e do aprisionamento de fiéis com perguntas programadas e respostas direcionadas ao reforço de um dogma específico. Seria redundante dizer que temos que evitar estes dois.
A Bíblia contém preciosas informações sobre a função da trindade e responde muito bem o “Para quê?”. Se entendermos que Deus criou seu plano eterno (Efésios 1.11, 3.11 – Salmos 33.11 (NVI)) com o propósito de se revelar a sua criatura (Lucas 10.22 – Romanos 8.18 (NVI)) pela Sua Palavra (João 14.21-24) revelando sua vontade (Efésios 1.9) para que conhecendo a Ele sua Glória possa ser manifestada em nós (Romanos 8.19), também entenderemos que o design da Trindade Divina segue este mesmo raciocínio. Desde a criação do mundo a Trindade já estava estabelecida e intencionalmente. Deus cria o homem com o design perfeito para acoplar e permitir seu propósito de redenção (a saber Cristo) e a convivência do Espírito Santo em nós (Genesis 1.26) que é o responsável por revelar quem Deus é a nós (Provérbios 1.23 – 1 Coríntios 2.10 – Efésios 3.5). É o Espírito Santo que também nos capacita a adorar a Deus (Lucas 10.21 – 1 Pedro 1.12)!
Cristo é a revelação mais apropriada que nossos sentidos podem receber (1 João 1.1 – João 20.24-29) e assim manifesta de forma perceptível o amor de Deus por nós. Precisamos quebrar nossa visão de um Cristo exclusivamente redentor e entender que Ele é o próprio Deus e por meio D´Ele o que seria impossível entender Seu amor e ter conhecimento sobre o Criador e o mundo criado (Efésios 3.19). É por meio Dele que cremos em Deus (1 Pedro 1.21)!
O Deus criador nos amou e resolveu se revelar à sua criatura e criou o mundo com este propósito! Este é o núcleo! Este é o objeto principal! O três são um (João 14.9, 14.26, 15.26 – 2 Coríntios 1.3-5 – Isaías 51.12) compartilham a mesma essência Divina e se manifestaram desta forma por causa do amor de Deus. Este é o porquê!
Se queremos aprender e entender sobre a vida precisamos conhecer a própria Vida (João 14.6), e ela se dá a conhecer por meio da Trindade que atua nas coisas visíveis e invisíveis.
Que nossos questionamentos sejam agora direcionados pela Trindade que atua em nós para que todo o conhecimento que adquirimos seja revelado em Glória a Trindade que nos guia!