O Convite para o Deserto

O nosso Planejamento Temático tem o objetivo de produzir material para os sermões para todo o ano. O Espírito Santo nos deu um tema muito lindo para o ano de 2021: O Jesus dos Evangelhos. Vamos passear pelos 4 evangelhos e ouvir, ver e experimentar Jesus através da experiência daqueles homens de Deus. Em março estaremos vendo-o através do olhar de São Mateus, e nesse domingo, a passagem que caiu para eu refletir com vocês é sobre a tentação de Jesus no deserto.

A primeira coisa que precisa ficar bem clara é que quem conduz Jesus para o deserto é o próprio Deus. Jesus não vai fugido e nem vai constrangido, ou mesmo murmurando. Ele aceita o convite divino para enfrentar os perigos, as dificuldades e a dureza, situações próprias dos desertos.

Quando saímos fugidos da presença de Deus e caímos nos desertos da vida, o que encontramos é a desilusão, tristeza, medo e desanimo. Mas, quando aceitamos o convite do Eterno para enfrentarmos nossos desertos, ele nos talha com mãos santas e firmes, usando, inclusive, nossas dificuldades, e assim nos tornando pessoas melhores. Foi assim com Jesus e tem sido assim com seus filhos e filhas desde então.

Naquele deserto, pelos 40 dias que passou por ali, Jesus venceu as artimanhas de satanás e se tornou o único poderoso o bastante para pagar por nossas dívidas junto ao Pai. Através de sua vida e obediência, por suas atitudes sem pecado, ele nos garantiu segurança para uma vida eterna nEle.

Após sair do deserto, cheio do Espírito Santo, Jesus imprimiu uma derrota avassaladora ao inimigo de nossas almas. Destemido, nosso Mestre colocou o diabo no seu devido lugar, e começou seu ministério público cheio de poder e com toda a autoridade, que também foi conferida a nós. O deserto foi um momento espetacular para a vida e ministério do nosso irmão mais velho. Saiu dele e inaugurou o Reino de Deus em nosso meio. Após a vitória de Jesus sobre o mal, nossas vidas também ganharam propósito e significado – o seu Reino agora está presente em nós, dentro de nós.

Fazendo uma analogia com nossa realidade, poderíamos dizer que no tempo de hoje estamos passando por um deserto de perigos, muita tensão e medo. Devemos entender que este também foi um convite de Deus para que experimentássemos a estiagem e a sequidão – as intempéries próprias de um deserto. Não estamos aqui por acaso ou pelas forças do mal. Estamos vivendo essas dificuldades todas porque o Criador decidiu que passássemos este período de nossas existências no deserto desta pandemia. E ponto final.

Uma coisa, entretanto, precisa ficar clara: as provas e tribulações do deserto são proporcionadas por Deus para que tenhamos vitórias. As provas que passamos, que podem ser esse tempo tenebroso que estamos vivendo, como residentes deste planeta, ou por nossas próprias sagas, produzirão perseverança, como nos assegura a bíblia (Romanos 5.3). Mas, certo é que desertos são desertos, pois são momentos de muita luta e esperas, e a perseverança e resiliência precisam nos acompanhar quando passamos por eles – e isso somente é possível pela presença abençoadora de Deus conosco. Nossa alma nunca desfalece quando temos a convicção que a pessoa de Jesus, que também passou pelos desertos da vida, está conosco a nos consolar, nos confortar e nos estimular a perseverarmos até o fim.

Deus continua com o controle absoluto de todas as coisas, até mesmo quando o diabo vem ao nosso encontro para nos tentar em nossos desertos e dificuldades. Deus nos conhece e permite que passemos por desertos e sejamos tentados pelo inimigo de nossas almas, pois é Jesus mesmo quem quer nos aprovar e nos fazer mais preparados para a Sua grande missão. Certamente sairemos mais fortes e mais preparados! Creia nisso e descanse sua vida em Suas ternas mãos. Deus nos chama, nos convida, para experimentarmos dele em meio aos nossos desertos. Ele está conosco e nos garante vitória sobre nós mesmos e sobre o mal que age contra nós. Devemos crer nesta verdade!

Cabe a nós, então, de forma volitiva e grata, viver com ousadia, fé e coragem o tempo de provação, de teste, dos desertos de nossas vidas. Precisamos aceitar o convite divino e viver confiantes de que o nosso Deus, Yahweh, é quem nos conduz e dirige nossas vidas. Sempre! Paz e bem a todos!

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