Neste final de semana teremos o grato privilégio de participar dos dois sacramentos deixados pelo nosso Senhor Jesus para a sua igreja: o Batismo e a Santa Ceia. Eles falam de como nos ligamos e nos identificamos a Cristo, e como somos abençoados por eles. Vamos aprofundar um pouco em como essa identidade se revela na humildade do nascimento de Jesus, na resiliência de sua vida terrena como carpinteiro e na suprema demonstração de obediência, ao dar Sua vida por nós, por amor ao Pai.

Ao contemplarmos a história do nascimento de Jesus, somos lembrados da humildade que marcou Sua vinda a este mundo. O Filho de Deus, o Salvador prometido, o Messias, não veio em pompa e majestade terrena, mas nasceu em um humilde estábulo (Lucas 2.7). Isso nos compele a entender que a nossa identidade em Cristo começa por uma atitude humilde de nossa parte. Ele escolheu nascer de forma simples para nos ensinar a humildade, a simplicidade e a importância de valorizar o que é verdadeiramente essencial.

Outro aspecto é ver a determinação do carpinteiro Jesus. Antes dele iniciar Seu ministério público, viveu uma vida de trabalho normal como carpinteiro, profissão ensinada por seu pai terreno. Sua jornada como ser humano nos ensina sobre a importância da nossa dedicação ao trabalho e da perseverança firme no nosso dia a dia. Assim como Jesus se dedicou ao trabalho rotineiro e duro, nós também somos chamados a ser diligentes em nossas tarefas diárias, honrando a Deus em tudo o que fazemos. A nossa identidade em Cristo é refletida em nosso compromisso responsável para com as tarefas do cotidiano.

O ápice da identidade em Cristo é revelado através de Sua obediência ao Pai, culminando na entrega de Sua vida por amor a nós. A obediência dele é o para ser imitada. Devemos amar a Deus e obedecê-lo, como fez o nosso irmão mais velho, Jesus. A Palavra de Deus tem todos os princípios essenciais para que obedeçamos ao Criador. A Bíblia deve estar bem perto do nosso coração e de nossa mente. Devemos lê-la e meditar nela, e viver Seus princípios benditos.

Assim, ao refletirmos sobre nossa identidade em Jesus, é crucial considerarmos a profunda conexão que temos com Ele na Eucaristia. Naquele momento sagrado da instituição da Ceia, Jesus, por sua grande humildade, nos convidou a aprofundar mais em nossa identidade com ele. Ao participarmos da Eucaristia, não apenas lembramos do sacrifício de Jesus na cruz, mas também nos conectamos espiritualmente com Ele, reconhecendo nossa união mística com ele e com o corpo de Cristo, a igreja. Nos elementos da Santa Ceia temos a presença espiritual e real de Jesus, por isso nossa identificação se torna palpável.

A Eucaristia, portanto, é um símbolo tangível da nossa unidade em Cristo e no Seu corpo. Ao compartilharmos do mesmo pão e do mesmo cálice, somos lembrados de que, apesar de sermos diversos em nossas origens, culturas e experiências, somos um só corpo em Cristo Jesus. É o que nos diz a Bíblia em 1 Coríntios 10.17. Essa comunhão na Santa Ceia nos desafia a vivermos em unidade, amando-nos uns aos outros e compartilhando, não apenas a mesa, mas também a vida, em solidariedade e apoio mútuo. Isso exige de nós a determinação e resiliência para uma convivência harmoniosa e pacífica.

Também, ao participarmos da Ceia do Senhor, experimentamos uma renovação espiritual. É um momento em que podemos nos reconectar com Jesus e renovar nossa fé Nele. Na Ceia nos revigoramos espiritualmente, fortalecendo nossa fé e compromisso em viver diariamente de acordo com Seus ensinamentos, o que exige obediência aos mandamentos de Deus. Nela, fortalecidos em nossa fé e no compromisso de vivermos como discípulos de Jesus, refletindo Seu amor, Sua graça e Sua humildade em tudo o que fazemos.

Que possamos nos lembrar sempre da nossa identidade em Cristo, enraizada na humildade, na resiliência, na obediência e amor incondicional demonstrado por Ele. Que possamos viver cada dia refletindo o caráter de Cristo em tudo o que fazemos.

Que Deus abençoe a todos nós. Amém.