Preciso pensar com vocês sobre a necessidade de renovar nosso compromisso, como discípulos do Senhor Jesus Cristo, de sermos emissários da paz e do amor, especialmente neste mundo conturbado em que vivemos.
O povo escolhido de Deus é, todo ele, mensageiro do amor, da paz, da conciliação, do acordo e da amizade. Neste mundo vil, muitas vezes marcado pela intolerância, guerra e desamor, somos convocados para levar a bandeira do Evangelho, que pressupõe muita paz. Especialmente neste tempo tenebroso, nós, como filhos do Deus Altíssimo, somos chamados a ser luz e sal neste contexto desafiador. Somente sob a orientação do Espírito Santo é que temos a condição de compreender e viver a missão que o Senhor Jesus nos confiou, como instrumentos da sua maravilhosa paz, neste mundo tão sem esperança.
Ao olharmos para as Escrituras, encontramos inúmeras passagens que nos instruem sobre o caminho do amor e da paz. Em Romanos 12.18, o apóstolo Paulo nos exorta sobre nosso esforço e disposição de buscar a paz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos as pessoas.” Esta palavra precisa ecoar em nossos corações, lembrando-nos do nosso chamado de sermos, intencionalmente, agentes da reconciliação e da paz, mesmo em meio às adversidades.
Em Mateus 5.9, o próprio Senhor Jesus declara que os pacificadores são chamados filhos de Deus. Então, como filhos e filhas de Deus, somos convidados a não apenas buscar a paz para nós mesmos, mas a sermos agentes da paz na vida daqueles que estão ao nosso redor. Somos, portanto, chamados para ser pacificadores em um mundo sedento por reconciliação.
Devemos buscar a paz, não apenas em palavras, mas muito mais em nossas ações diárias. Devemos ser pessoas da paz por excelência, aqueles que não só evitam o conflito, mas buscam e promovem incessantemente a paz e a harmonia – e mesmo com alto custo! Como cristãos, nossa identidade é marcada por uma busca constante pela conciliação, pela unidade e pela promoção de um ambiente de amor e respeito. Pense sobre isso.
A intolerância, a guerra e o desamor são manifestações contrárias aos princípios do Reino de Deus. Gálatas 5:22-23 nos fala sobre o fruto do Espírito, que manifesta o caráter de Deus. Devemos desejar que esse fruto floresça viçosamente em nossas vidas, impedindo que sejamos envolvidos pelas trevas do ódio e da discórdia, evitando toda ação da maldade, da corrupção, das mentiras e da animosidade contra os nossos semelhantes.
Lembrem-se de que, diante das guerras e conflitos, especialmente as dos dias atuais, somos desafiados a viver vidas que agradem ao Senhor, buscando o acordo e a resolução pacífica dos conflitos – para nós e nossos vizinhos. Assim, cumprimos a nossa parte e nosso dever como cidadãos de Céu.
Nosso papel, como missionais, é sermos pedras de passagem, pontes de conexão, conduzindo outros ao conhecimento do amor de Cristo. Este é o nosso chamado. Em 2 Coríntios 5.18-20, Paulo nos recorda que Cristo nos deu o ministério da reconciliação e nos confiou a palavra da reconciliação, pois somos embaixadores em nome de dele. Que lindo! A reconciliação com Deus, forçosamente, implica em nossa reconciliação conosco mesmos, com a criação ao nosso redor, e especialmente com o nosso semelhante. Isto significa paz!
Como já afirmei, as guerras e intrigas não provêm de Deus, mas, sim, a paz e as boas relações, onde impera o amor. É para isso que fomos salvos! Somos salvos para sermos agentes da paz, pacificadores. Somos os que são bênçãos nas vidas dos outros. Portanto, temos o dever de evitar, a todo o custo, toda e qualquer ação de maldade, de mentira, de animosidade, de guerra, de injustiça, contra todos os nossos semelhantes.
Lembremo-nos das palavras de Paulo em Efésios 4.31-32: “Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam tiradas de entre vós, bem como toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Devemos ser aqueles que abençoam as vidas dos outros através de nossas ações benevolentes. Somos diferentes – somos paz, luz e bênção para as nações!
Precisamos orar, meus amados, para que o Espírito Santo nos conduza em triunfo, capacitando-nos a viver uma vida que reflita o amor de Cristo em toda a sua plenitude. Que Ele nos conceda a graça de prosperar para a glória de Deus e para a alegria de todos aqueles que cruzam o nosso caminho, capacitando-nos a ser luz em meio às trevas, paz em meio a tantas guerras, testemunhas vivas do amor redentor de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.