Fé Sob Fogo

O tema de nosso ano de 2023 é: Desconstruindo uma Crença, Reconstruindo a Fé – Viver o Mesmo Cristianismo em um Novo Mundo. Seremos desafiados a repensar o modelo proposto pelas narrativas culturais atuais e suas pseudo “verdades”, mas, ao mesmo tempo, renovar o nosso compromisso com o modelo Cristão Verdadeiro. Um chamado muito importante para o tempo em que estamos vivendo, quando os valores cristãos têm sofrido desprestígio e desqualificação. Infelizmente, as verdades de Jesus e seu Evangelho já não são mais ouvidas, e muito menos praticadas, como deveriam ser.

No mês de abril vamos concentrar esforços para que aprendamos sobre resiliência e resistência, para defendermos a verdade de Deus e seus planos para a humanidade perdida. Gostaria de chamar nossa atenção para algumas experiências de fé que foram vividas no sofrimento e na injustiça. Vamos usar alguns exemplos do passado, narrados nas Escrituras, e tentar relacionar o tema com a realidade conjuntural que a nossa pátria está passando. Será um mês desafiador.

Vou começar com o exemplo de 3 homens de Deus no Antigo Testamento. Vejamos o contexto: o rei Nabucodonosor era o governante da Babilônia. Ele amava as coisas da beleza, coisas graciosas e inteligentes. Ele cria que se ele se cercasse delas, os outros o veriam como possuidor dessas mesmas virtudes. Então ele ordenou que todos os jovens que fossem sem nenhum defeito físico, bonitos, mostrando aptidão para todo tipo de aprendizado, bem-informados e de fácil entendimento (Daniel 1.4) fossem trazidos a ele. Hananias, Misael e Azarias eram as melhores espécimes de jovens que você poderia imaginar. Três homens muito impressionantes e bonitos. O oficial-chefe os levou à corte do rei Nabucodonosor e lhes deu os nomes de Sadraque, Mesaque e Abednego. O rei Nabucodonosor ficou tão impressionado com eles que os designou como administradores da província de Babilônia.

Entrementes, como fala o texto que lemos, o rei Nabucodonosor mandou seus artesãos criarem uma colossal imagem de ouro. Como de costume, um festival de dedicação foi planejado para homenagear a nova estátua. Dignitários de todo o país vieram: sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todos os altos funcionários das províncias. Todo mundo que era “alguém” estava lá. Um arauto proclamou em voz alta que todos deveriam se prostrar diante da imagem. As grandes multidões se curvaram e adoraram a imagem. Todos, exceto Hananias, Misael e Azarias.

Aqui estava a chance dos caldeus, invejosos e sem escrúpulos, de arruinar aqueles crentes judeus. Imediatamente eles foram perante o rei para denunciar a desobediência deliberada deles. O rei Nabucodonosor ficou furioso e os convocou, e os questionou, e quando percebeu a atitude “revoltosa” daqueles jovens, os enviou para morrer queimados. A sentença, sob muita ira, foi dada sem misericórdia e sensatez.

Já lemos a história. O resultado é o espanto do rei e de todos que estavam observando a execução: o livramento sobrenatural dos filhos de Deus – os crentes obedientes e fiéis. Eles tinham a certeza de que Deus os salvaria e, mesmo que ele não o fizesse da maneira que eles queriam, ainda assim o louvariam, o honrariam e o obedeceriam… até a morte.

Aqueles jovens não adquiriram essa fé fabulosa apenas no dia em que foram lançados na fornalha. Eles sempre tiveram um relacionamento pessoal e íntimo com o Deus vivo e verdadeiro, antes mesmo de enfrentarem Nabucodonosor. Eles aprenderam a amar e adorar a Deus todos os dias, e tudo o que faziam era para glorificar Seu bendito nome. Eles viveram a sua fé em Yahweh, cotidianamente, defendendo o que criam ser correto a fazer, de acordo com a Palavra de Deus, e não conforme as narrativas culturais vigentes. E então, quando o desafio foi maior e mais desafiador, quando a morte estava bem “na cara deles”, eles puderam permanecer firmes. E Deus os recompensou. Provaram resistência e resiliência, mesmo sob injustiça e dificuldades, confiando somente no Deus que tudo pode.

Talvez hoje sua fé não esteja tão forte quanto você gostaria. Talvez os desafios da vida estejam te deixando desanimado. Então, eu gostaria de convidá-lo a buscar ser como Hananias, Misael e Azarias: amar e adorar a Deus, ter um relacionamento vivo e real com o Senhor Criador e pôr em prática sua fé, mesmo em meio a situações de maldade e injustiça.

Lembre-se que Deus está aqui e está pronto para te responder a prece. Ele está com você para enfrentar os desafios de sua existência, mesmo sob fogo ardente. Peça a ele para que sua fé cresça e amadureça, e ele certamente ouvirá sua voz.

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