O texto de Efésios 6.1-4 nos adverte para termos relacionamentos familiares equilibrados e salutares, cada um cumprindo o seu papel no lar. Ele nos chama a viver o amor de fato e de verdade, dentro das quatro paredes de nossa casa. Somos convidados para ser famílias funcionais, famílias sadias, repletas da presença de Deus.

Uma família funcional é aquela que vive com saúde. Há diferença muito grande entre a funcionalidade e a estabilidade. Família funcional é aquela que se movimenta na direção do crescimento e do desenvolvimento do indivíduo e do grupo, mesmo que isso gere algum desconforto para eles mesmos. Estar estática e sem movimento significa estar disfuncional, adoecida, mesmo que pareça estável.

Uma família funcional é aquela que é otimizada em todas as suas funções. Ser funcional, ser saudável, é ser exatamente aquilo para que se foi criada para ser. Deus criou a família para ser bênção e refúgio para seus membros. Ser funcional é otimizar estas características e torná-la produtiva em todos os aspectos, tendo o Deus e pai de Jesus Cristo como o seu esteio e alicerce.

Vejamos algumas características que tornam uma família funcional, sadia, salutar, como Deus deseja que ela seja:

Quando entra em crise, responde positivamente a ela – sempre enfrentam a realidade de frente, não se esquivam das dificuldades. Até mesmo, quando há necessidade de cortes orçamentários, eles se propõem a fazê-lo com esforço, vigor e alegria. Eles confiam na força do grupo, bem como nas habilidades individuais. Eles rapidamente admitem seus problemas – não os escondem, e quando necessário buscam ajuda externa.

Ela tem uma compreensão clara de quem são – Seus membros se conhecem e conhecem a sua história – contam para os filhos, e não os negam, inclusive os detalhes vexaminosos. Eles entendem e reconhecem suas potencialidades, bem como as suas vulnerabilidade. Este conhecimento sobre eles mesmos produz energia para vencer as crises e conflitos.

Passam tempo juntos – Eles têm em suas “agendas” tempo que gastam juntos em família, jogando, brincando, saindo e passeando, se divertindo. Eles têm alegria de estar juntos, mas respeitam a individualidade e o tempo privado de cada um. São amigos uns dos outros. Coisa linda de se ver.

A comunicação entre eles é clara – as regras, os papéis e os rituais de sua família são claros e bem definidos. Contudo, quando necessário, sempre estão prontos a renegociá-los. Não há nada que não possa ser mudado, desde que abençoe e produza crescimento para toda a família. Eles se escutam e têm liberdade de expressar seus sentimentos, mesmo os mais desconfortáveis.

Eles valorizam uns aos outros – Eles têm senso de pertencimento bem aguçado. Gostam do seu lar, gostam de voltar para casa. Ali eles se sentem seguros e sabem que são importantes, uns para os outros. Há amor, respeito e carinho, e eles compreendem que não importam seus erros, eles nunca serão rejeitados, mas sempre serão acolhidos.

Tem contatos físicos de carinho e afeto – não têm vergonha de demostrar afeto uns pelos outros. Comumente se abraçam e se beijam. Choram e riem juntos. Contam casos “em cima da cama”, aproveitando do contato familiar mais íntimo.

Lembrem-se que Deus nos criou para relacionamentos saudáveis e salutares, e nos chama a viver vida plena, feliz e realizada, especialmente em família. As famílias que buscam a saúde e a vida, refletem Deus e Sua vontade boa, agradável e perfeita.

Infelizmente, há muitas famílias que não estão cumprindo seu devido papel, não estão glorificando a Deus em seus relacionamentos. Para crescer e melhorar, precisamos de ter coragem o suficiente para enxergar nossas limitações, imperfeições e fraquezas, e empreitar mudanças necessárias para uma vida mais realizada e plena, debaixo da vontade santa do nosso Deus Santo e Eterno – assim seremos bênçãos na vida de muitos.

Cabe a nós, com coragem e fé, pedir ao Pai para nos mostrar o quê e como fazer para sermos conforme Ele mesmo nos criou para ser. Somos feitura Dele, criados para as boas obras, para a glória de Deus, como está escrito em Efésios 2.10. Sejamos, pois, assim, uma família abençoada!