O Senhor nos chama para servi-lo de todo o nosso coração, de toda nossa alma, de todo nosso entendimento. Somos escravos, empregados, mordomos, meros cumpridores de seus deveres; mais nada! Quando cumprimos o que nos é colocado diante de nós, a nossa obrigação como cidadãos do Reino, somos comparados àqueles que fazem exatamente o que o
seu Senhor lhes ordena. Esse tipo de esforço, trabalho e dedicação não é somente o que devemos dedicar ao nosso Deus. Apesar de bons cumpridores dos nossos deveres, devemos dar Àquele que nos salvou muito mais do que o simples cumprimento de nossas obrigações.
Amar é nosso dever, mas amar aqueles que nos perseguem, nos odeiam, nos magoam é o que Deus requer de nós; orar é nossa obrigação, mas orar sem cessar e também por aqueles que nos desejam mal, os nossos inimigos, é exatamente o que o Mestre espera de nós; perdoar é um ato cristão, mas perdoar aqueles que nos ofendem deliberadamente é o perdão divino esperado em nós; dar os nossos dízimos fielmente todo o mês não passa do cumprimento da ordenança bíblica, mas ofertar, contribuir e dizimar liberalmente com generosidade, e de todo o coração, é o que realmente interessa para o nosso Deus.
Precisamos sair deste estado de pseudo satisfação por cumprirmos aquilo que é o nosso dever e a nossa obrigação. Devemos ofertar ao nosso Deus muito mais do que o nosso serviço ordinário. Devemos amar como ele amou; orar como ele ensinou; servir como ele o fez; ofertar como ele nos desafiou; entregar nossas vidas ao serviço do Evangelho como o exemplo que ele mesmo nos deixou.
Sabedores de que todas as bênçãos que recebemos são por causa da fidelidade, misericórdia e graça do nosso bom Deus, e não por nosso esforço e mérito pessoais, o ofertar se torna um estilo de vida, e a gratidão o motivo de relacionamento com o Eterno. E tudo o que fazemos, todo o nosso esforço, e todo o resultado da obra de nossas mãos, se dá exclusivamente porque Ele é fiel; ele é fiel a ele mesmo! Apesar de sua eterna fidelidade, cabe a nós nos lembrarmos de que temos muito ainda por fazer. Precisamos compreender que devemos ser mais do que servos cumpridores de nossas obrigações. Isso ainda não é o suficiente. Devemos dedicar tudo, tudo mesmo, servindo-o de todo o nosso coração e com todas as nossas forças, e repletos de gratidão; devemos ser filhos e filhas agradecidos por tamanha graça, e assim só nos cabe uma viva entregue, uma oferta constante de tudo o que temos e tudo o que somos.
Que Deus nos abençoe e nos dê um coração grato e dedicado para que continuemos a obra que ele mesmo iniciou um dia em nosso meio, para que ouçamos de sua boca naquele glorioso dia: “Servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25.21).