O tema do sermão desta semana está ligado ao nosso envio na missão de Deus. Gostaria de conversar sobre a nossa ação de irmos por aí levando cura e salvação para os corações quebrados, libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados. Ele nos ungiu para isso!

O texto revela uma ação intencional de ir e levar conserto para aqueles que, em sua jornada, têm tido seus corações machucados e aprisionados pela vida e pela maldade no mundo. Somos enviados para uma missão quase que impossível: de levar alívio e cura para o sofrimento pessoal daqueles muitos que o Senhor Deus coloca em nossos caminhos.

O nosso IDE, comumente reconhecido no Novo Testamento, no final do Evangelho de Mateus, precisa estar também alinhado com o “IDE” do profeta Isaias. Enquanto vamos, no caminho, à medida que progredimos para onde Deus nos conduz, devemos levar cura e libertação para aqueles que foram feridos na alma, no coração, para aqueles que estão perdidos e algemados pelo pecado e o mal.

A ideia é para sairmos, por onde vamos, “enfaixando” corações traumatizados. É uma metáfora de bandagem para estancar sangramentos, bem como a de prover talas e ataduras para “engessar” corações quebrados, até que se recuperem. Somos convidados a ser agentes do “SAMU Espiritual” para os acidentados de alma. Yahweh nos ungiu para isso! Temos que ser corajosos e obedientes!

A maneira prática de entendermos esse chamado é levar em consideração duas coisas. A primeira é saber quem somos: somos pó, seres humanos falhos, carentes e dependentes do amor e da graça de Deus. Somos pecadores e tropeçamos com muita frequência. Somos todos, sem exceção, ícones quebrados. Conhecedores dessa situação, passamos a ser conservos uns dos outros, especialmente no perdão, na graça, no amor e na misericórdia. O fato de percebermos nossa condição de criaturas caídas nos leva a aceitar também a nossa falibilidade, e assim ministrar exclusivamente aquilo que vem do Céu, e não de nós mesmos.

Uma segunda coisa é reconhecer e saber quem Deus é. O texto de Isaias começa dizendo que a unção é do Alto, do Deus Soberano, o Todo-Poderoso. Isso é muito lindo! Tudo o que temos e tudo o que somos, vem dele, como diz uma canção que costumamos cantar. É assim que devemos levar cura aos outros: na mesma certeza de que fomos alcançados um dia, somos agora instrumentos do Céu de cura na vida de muitos, pelo amor eterno do Pai e da misericórdia e graça divinas.

A obediência é vital neste processo. Saber de Deus, de sua verdade e seu poder, de nada adianta, se não estivermos dispostos a vivê-lo e obedecê-lo de verdade. Deus nos chama a amá-lo de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de toda a nossa força, de todo o nosso entendimento, e isso só é possível através da obediência aos seus princípios eternos e seus santos mandamentos de vida. Esse é o nosso maior dever.

Portanto, para ser um curador de almas enfermas e de corações feridos, basta crer que você foi um dia chamado e ungido pelo Soberano, perceber quem realmente você é e afirmar sua dependência da graça divina. É também conhecer de fato quem Deus é e experimentar o seu infinito poder, vivendo com sabedoria e prudência, em pura obediência aos Seus lindos e eternos princípios. Precisamos do remédio bendito de Deus necessário para que, enquanto vamos pelos caminhos, vamos levando alívio santo e ataduras benditas para aqueles de corações quebrados.

Que Yahweh, nosso Deus, nos ajude. Amém.