Durante este fim de semana estamos celebrando o sofrimento, a morte e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo. É a Páscoa.
Em todo o mundo cristão ela é celebrada com muita reflexão e alegria. Com reflexão por compreendermos o sofrimento e a angustia de um inocente diante de um julgamento tão brutal, injusto e corrupto que o levou a uma morte tão cruel; com alegria pelo que aquele domingo triunfante revelou às primeiras mulheres que testemunharam do grande fato de Jesus ter vencido a morte e estar vivo.
Contudo, ainda tenho muita apreensão quanto a duas atitudes conhecidas no meio do povo cristão com respeito a Páscoa: por um lado a banalização de seu verdadeiro significado, que faz todo sentido pelo apelo mercadológico em relação a data; por outro lado a aversão pela sua celebração, movida por um zelo extremado e sem crítica. Ambas precisam ser revistas.
A Páscoa se tornou para muitos lares uma festa de ovos de chocolates trazidos por coelhinhos da páscoa pela manhã e uma boa bacalhoada no almoço; e só. É isso que entendo como banalização deste evento. Certamente a alegria e a euforia são encontradas nestes lares, mas não encontramos neles uma verdade, nem mesmo uma reflexão necessária para compreendermos que para ter havido o Domingo da Ressurreição foi necessária uma Sexta-Feira da Paixão. Páscoa é muito mais do que doces e bacalhau…
Já em outros tantos lares, temerosos de que o verdadeiro sentido da Páscoa se perca no emaranhado das estratégias de vendas do comércio, não se permitem que a celebração da Páscoa seja experimentada por completo. Coíbem a alegria e a festa, que poderiam ser vividas e experimentadas, até mesmo com a doçura dos chocolates e as brincadeiras com a criançada. Uma pena.
Não podemos nos esquecer de que não há data mais festiva e alegre que a celebração de que Jesus está vivo! E sempre, intencionalmente, aproveitar para ensinar a nossas crianças, e também de nos lembrar sobre o verdadeiro motivo da Páscoa, que é o Cordeiro Pascal, nosso Cristo.
Esse é o problema no meio cristão, especialmente no meio chamado de evangélico, pois muitos de nós nos esquecemos de que a verdadeira Páscoa é Jesus, e não há como separar a contrição que a reflexão da data produz, da celebração urgente que a alegria do momento nos remete. Ambas são muito importantes e elas se completam, pois refletem a vida e ministério de Nosso Senhor Jesus, o Cristo.
O nosso irmão mais velho, Jesus, prometeu estar conosco em todos os nossos dias. Isso foi possível pela obra da ressurreição. A verdade de que ele está em nossos corações e que continua operando milagres e maravilhas na vida de muitos, é a certeza que temos que ele continua vivo e, como prometeu, nunca nos abandonou, nem nunca nos abandonará. Jesus Cristo é a verdadeira Páscoa: aquele que sofreu, mas também o que ressuscitou e venceu!
Que a presença do Cristo Ressurreto seja sua companhia em todos os dias deste ano de 2017. Que Deus nos abençoe, e tenhamos todos uma feliz e abençoada Páscoa!
Rev. Robson Gomes