Nosso encontro neste domingo de Páscoa remonta em um feliz e esperançoso domingo, lá na antiga cidade de Jerusalém do século primeiro. Tudo começou cedo, no primeiro dia da semana, quando as mulheres foram confrontadas com a notícia dada pelos anjos: “Ele não está aqui, mas ressuscitou”. E aqui estamos nós novamente, numa manhã de domingo do século XXI, confrontados com a mesma e abençoadora notícia que Cristo ressuscitou.
A história é a de um homem comum, mas reconhecido como profeta, que morre uma morte horrível e injusta. Aquele seria mais um evento “corriqueiro” de execução romana, se não fosse a ressurreição do executado, já no domingo. Aquele homem, aparentemente comum, e que sabemos ser o Filho de Deus, trás para toda a humanidade a esperança de uma vida ainda muito melhor, quando se entrega voluntariamente para morrer por nós, e tudo isso por amor a nós. Aquele domingo se tornou o ponto de virada na história da civilização. Por isso é Páscoa para nós cristãos, pois Jesus morreu, mas, acima de tudo, ressuscitou dentre os mortos!
Como vocês se recordam, nos meses que antecederam aqueles acontecimentos fatídicos, os discípulos resistiram a palavra de Jesus que dizia que ele precisaria padecer e morrer. Eles, em alguns momentos, se recusaram até a aceitar sua “pregação” sobre seu sofrimento, crucificação e morte. Ele, por certo, disse a eles sobre “todos” os eventos que haviam de suceder, contudo eles não conseguiam ouvir. Eles não podiam compreender o lindo drama da redenção. Era muito amplo e complexo; e sem muita lógica. Era surreal a possibilidade de Jesus morrer e reviver!
Quando os discípulos ouviram, naquele domingo de madrugada, pela primeira vez, as notícias das mulheres sobre a ressurreição, lhes pareceu uma tolice e um delírio, até mesmo, um completo disparate. Então, tomaram a decisão de verificar com seus próprios olhos, e eles correram para ver por si mesmos. Eles encontraram um túmulo vazio. Sensacional! Eles encontraram um túmulo vazio!
E mesmo assim ficaram questionando o que havia acontecido com o corpo de Jesus, pois um tumulo vazio, por si só, podia ser a constatação de que alguém poderia ter profanado os mortos, roubado o corpo de Jesus, e não uma clara evidência da ressurreição dele. De fato, um túmulo vazio não resolveria o problema. Um túmulo vazio geraria mais preocupações e dúvidas. A evidência de um tumulo vazio precisava de ter a evidência do retorno do morto à vida.
Fato é, que, era quase impossível de ser verdade que ele havia voltado a viver. O lindo é que isso aconteceu de fato, e a ressurreição trouxe de volta um Jesus pronto, novo, vivo, vivinho em folha, para a alegria de seus amigos. E nós, hoje, vivemos com muita alegria essa mesma notícia de que ele verdadeiramente ressuscitou.
Esse relato de Lucas que lemos foi escrito pelo menos 25 anos após os eventos descritos terem ocorrido. Os outros evangelhos no Novo Testamento têm o mesmo relato. Comum a todos eles é que ninguém foi testemunha ocular da ressurreição em si; eles foram completamente surpreendidos por ela. A ressurreição seria, à primeira vista, um absurdo, e era absolutamente inconcebível, inacreditável; como também foi fantástica e maravilhosa a constatação de que Jesus, de fato, estava vivo. Bom demais da conta pra para ser verdade, como dizemos aqui em Minas. E foi!
Há registros claros de muitas evidências de que Jesus ressuscitou, e que o seu túmulo vazio significa vida para todos os que creram nele, e em todos os tempos. A morte era o que se tinha de concreto: Jesus morreu, foi sepultado, mas para poder se contar uma extraordinária notícia, ele tinha que ressuscitar ao terceiro dia. E assim foi. Ele apareceu a Pedro, aos 11 apóstolos, e depois para 500 outros ao mesmo tempo; e muitos conviveram com ele, é o que relata o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 15. Por isso é Páscoa, meus queridos! Por isso é Páscoa para nós hoje!
A mensagem do túmulo vazio transformou-se em realidade para milhões de pessoas pela história afora. Não era só um tumulo vazio… são os nossos corações cheios do Cristo ressurrecto. E essa realidade também precisa mudar sua vida hoje e provocar esperança renovada na pessoa e obra de Jesus, o profeta de Nazaré, que está vivo hoje. Ele está vivo hoje! E essa é a maravilhosa mensagem deste tempo da Páscoa.
Vai, então, e diga pra todo mundo que Jesus ressuscitou e está vivo!
Uma Feliz Páscoa para todos!