No Novo Testamento vemos o filho de Deus, Jesus Cristo, ecoando uma mesma mensagem e atitude do nosso Eterno Deus, quando por algumas vezes diz “Eu sou…”, mostrando a revelação de quem ele realmente é. Sendo ele mesmo o filho de Deus, gozando da mesma essência do Eterno, é Deus com o mesmo caráter do Pai. Jesus, então, se revela à humanidade e mostra de onde veio e para que veio a este planeta. As declarações de quem Jesus é, proferidas por sua própria boca, devem chamar nossa atenção. Neste domingo nos deteremos no capítulo 10 de João onde Jesus diz ser o Bom Pastor e ao mesmo tempo a Porta, ambos relacionados com ovelhas e pastoreio. Coisa linda é vê-lo se revelar ao mesmo tempo a Porta e o Pastor.

Note que Jesus, quando se intitula a Porta, ele está anunciando que ele faz a ponte de passagem entre Yahweh e o perdido. O grande “porteiro”, o nosso amado Deus, é quem está ali, ordenando graça e segurança para todos que se achegam a ele. Não há como errar: pois, somente encontraremos paz e segurança dentro do aprisco divino, e somente entrando pela porta, que é Jesus de Nazaré. É ali que encontraremos águas de descanso e pastagens renovadoras. Jesus é a porta por onde passamos para nosso descanso, seja esse descanso aqui ou no porvir. A sua chamada é para que passemos por ele, e encontremos descanso, segurança e paz. Que chamado mais gratificante!

Na sequência, ele expande seu conceito e passa a dizer que ele é também o pastor, o Bom Pastor. Quando adentramos por suas portas, encontramos ali um pastor completamente devoto às suas ovelhas. Não há mais perigo dos salteadores, dos mercenários, das intempéries, dos predadores, e nada, nada mesmo, pode nos amedrontar ou nos separar dele. Ele diz que o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas, e assim ele o fez literalmente naquela cruz. Jesus Cristo deu sua vida por amor a nós, e assim nos protegeu de todos os nossos temores, e de todos os perigos reais que a vida nos apresenta. E ele continua dando sua vida por nós, cuidando e nos protegendo por todos os nossos dias.

Que coisa linda é saber desta verdade! Somos ovelhas do seu pastoreio, entramos por suas portas, e gozamos de paz maravilhosa. No aprisco de Jesus, sendo ele mesmo a porta e o pastor, suas ovelhas estão seguras; ninguém pode roubá-las ou maltratá-las.

Precisamos também nos lembrar uns aos outros que somos chamados, como cristãos, a sermos “pequenos Cristos”, ou seja, espelhar em tudo a vida e ministério de Jesus. Quando ele se intitula a Porta e Bom Pastor, precisamos, guardadas as devidas proporções, sermos como ele é. Precisamos ser pontes, pedras de passagem, porta aberta para aqueles que desejarem vir a conhecê-lo. Devemos estar prontos a conduzir outros que estão à procura da mesma paz e segurança. Cabe a nós sermos instrumentos de sua paz, e assim participarmos com ele da colheita santa, sendo porta e passagem para muitos.

Como pastores, precisamos ser bons. Somos chamados para pastorear. Somos chamados para viver altruisticamente à serviço Reino eterno do Deus Eterno. Não dá para viver olhando somente para nossos próprios “umbigos”, como se fosse isso o nosso exclusivo chamado. Temos que olhar para os lados, enxergar as oportunidades de “dar a vida” por amor a alguém. Neste caso, dar a vida é “gastar” a vida com alguém. É despender tempo para ajudar pessoas a conhecer a Jesus, amá-lo e servi-lo; assim você é porta e pastor ao mesmo tempo, como ele também o é. Pense nisso.

Que a graça bendita de Jesus e seu amor infinito ajude-nos a ser como ele é, porta e pastor, para tantos outros por quem ele morreu; e que também nos sintamos seguros e protegidos entrando pela porta e recebendo o cuidado sobrenatural de nosso bom e querido Pastor. Amém.