Esse é o último domingo antes da celebração do Natal. Gostaria que cada lar de nossa comunidade de fé pudesse celebrar com muita alegria esse tempo especial para todos os cristãos espalhados pelo mundo. Com alegria e exultação, devemos celebrar a vinda do Messias, aquele nascido naquela manjedoura lá em Belém de Judá.
Ele transformou a história da humanidade trazendo esperança e paz para todos aqueles que nele crerem. Entretanto, somente pode celebrar essa data tão festiva quem tem motivos próprios, motivos pessoais, ou seja, quem de fato teve um encontro pessoal com o Monarca do Universo. Disse Dr. Roy Smith, um pastor metodista norte-americano do século passado, que “Quem não tem o Natal no coração, jamais o encontrará em dezembro debaixo de uma árvore.” E jamais o encontrará nas festas, na comilança, no ambiente de feriados de final de ano e em lugar algum. Só encontra o verdadeiro Natal quem estiver conectado à história maravilhosa de redenção da humanidade, protagonizada pelo menino Jesus. Assim, devemos celebrar o Natal por muitos motivos, mas especialmente por esse.
Gostaria de refletir com vocês sobre a postura e atitude do pai do menino Jesus, o Sr. José. Ele foi predestinado para ser o pai adotivo de Jesus, para dar a ele nome e sobrenome, uma paternidade há muito planejada por Deus. E mesmo que tenha vivido uma experiência muito peculiar e complicada, ele celebrou a chegada daquele menino especial.
A história nos conta que José estava “comprometido” com Maria e planejava firmar o casamento como qualquer outro jovem de seu tempo. Planejava com ansiedade o momento da cerimônia que o tornaria um homem adulto e respeitado. Planejava as bodas, os convidados, os detalhes para que tudo fosse perfeito. Contudo, uma notícia inesperada o pega de surpresa: sua noiva está grávida e ele não é o pai! Que situação. E agora, José?
Bem, ele, como um jovem de bem e justo, tenta resolver a questão planejando, agora com essa nova notícia, sair desse relacionamento, sem deixá-la em más situações. Ele tinha certeza que Maria era uma moça crente e que nunca o trairia… ele sabia disso muito bem, e não queria que ela sofresse retaliação. Ele então decidiu separar-se dela e a deixar, porque a amava. Boa decisão para a cultura da época, apesar de muito difícil. Até que, em sonhos, um anjo de Deus explica a ele o que havia acontecido com ela e com o bebê que ela carregava.
Acredito, por ser ele um homem temente a Deus, que ele se lembrou do Salmo 23 – “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Yahweh é comigo!” E Yahweh estava com ele de fato! E assim, instruído pelo Espírito Santo, recebe Maria e o bebê – e tem o privilégio de dar o nome daquela criança de Jesus – aquele que salvaria o seu povo de seus pecados. Ele, obediente, informa a sua esposa sobre o nome e a importância daquele bebê – agora ele é quem acolhe e protege sua esposa. Ele assume todos os riscos e toma aquela criança como sua. Que história mais linda!
Esse José, que pouco sabemos dele, foi um homem de fé e coragem. Sua resiliência, convicção e fé foram excepcionais. Ele amou Maria, amou Jesus, amou sua família e fez tudo conforme a Lei para que aquele menino tivesse um bom pai aqui nesta terra. Cumpriu o seu papel, e cumpriu com determinação.
E agora, José? Bem, agora era só ensinar o caminho de Deus para seu filho; e ensinar também uma profissão e caráter – o menino transformou-se em um homem, o carpinteiro de Nazaré, o filho de José. Com todos os desconfortos e dificuldades, José sempre soube quem era Deus e confiou no plano perfeito do Eterno de se encarnar e permitir que ele fosse o pai terreno do menino. José e Maria, gente como a gente, eles foram escolhidos para desempenhar um papel importante na formação do Filho de Deus! São de fato agraciados, bem-aventurados!
E agora José? Bem, agora é celebrar! Claro! Celebrar o Natal de Jesus! Agora é dedicar tempo, atenção e carinho àquele menino especial. Agora é se orgulhar do homem que ele se tornou e o profeta de Deus que ele veio a ser. Agora é se alegrar nos planos eternos e perfeitos de Deus que se cumpriram com ele. Que história fantástica!
É por isso também que celebramos o Natal daquele menino – na mesma confiança e certeza de José! O Natal é uma festa que celebra Jesus, e é só isso! Se o seu Natal não está conectado com o menino Jesus, nunca foi e nem nunca será Natal de verdade. Quem crê no Natal da maneira como José creu tem sempre festa para celebrar, pois a festa sempre estará em seu coração. E quem tem o Natal em seu coração, tem sempre motivos para festejar. E saiba-se que, quem tem o Natal dentro de si, tem festa é o ano todo – tem festa pra sempre!
Vamos, então, povo amado de Jesus! Vamos celebrar esse tempo mágico e abençoado que é o Natal de Jesus. E tenhamos todos um feliz e abençoado Natal!