Jesus nos dá exemplo de vida pessoal de oração e nos admoesta a orar sempre. A bíblia está repleta de mandamentos para que os crentes em Jesus orem. Também podemos ver a importância de uma vida de oração na vida de muitos homens e mulheres no decorrer da história. Uma das razões é que a oração é uma das armas mais poderosas que o crente tem à sua disposição para criar um estado de alerta necessário para vencermos as artimanhas do diabo em nossa jornada cristã. Não podemos abrir mão de orar, isso é certo.
Contudo, pode surgir, vez por outra, a indagação de como devemos orar, se estamos orando corretamente ou não, e até mesmo qual deve ser nossa postura em relação à oração. A resposta é complexa e demanda uma atenção às muitas variáveis que envolvem uma vida de oração, mas o fato é que devemos buscar ter essa intimidade com o Criador se realmente quisermos ser bons cristãos.
O Senhor Jesus nos fornece parte desta resposta em Mateus 6.5-8: devemos orar de forma autêntica – simples assim! Não há como orar apropriadamente sem autenticidade. O que Jesus nos diz nestes poucos versos é que a hipocrisia mata o espírito da oração. Não há como agradar a Deus “fingindo” ser o que não somos, ou maquiando nossa relação com ele. Isso é impossível, pois Deus conhece nosso interior, nossas intenções, nosso coração e ponto final. Não devemos tentar passar uma impressão de santidade e piedade, quando na verdade estamos sendo hipócritas para com Deus e para com os outros. Não podemos também orar barganhando com ele sobre as nossas necessidades e pedidos. Nossas orações não serão ouvidas pelo nosso Deus se não há autenticidade e um desejo sincero de somente desfrutar de sua santa e linda presença, em comunhão íntima com ele. Quando oramos sem integridade, agimos de forma hipócrita e isso é oco e vazio, e está longe de ser um relacionamento vigoroso e autêntico para com o Eterno.
Os fariseus da época de Jesus eram cheios de normas e regras externas, mas por dentro estavam podres e vazios. Eram bons religiosos, mas crentes pobres. Jesus os chama de túmulos caiados, de raça de víboras, de hipócritas, e os aponta como um contra exemplo de vida espiritual. E há o perigo de muitos de nós, mesmo com a aparência de religiosos e piedosos, também sermos como os fariseus da época de Jesus. Pessoas que agem com essa pretensa aparência de piedade, infelizmente costumam fazer críticas por detrás, conversam “fiado”, murmuram uns com os outros e muitas vezes vivem só aparência. E isso o Senhor Deus rejeita!
O que Jesus busca em nós são verdadeiros adoradores, que o adorem em espírito e em verdade. A hipocrisia é rejeitada a todo o custo; a autenticidade é prezada e estimulada na relação com Deus, em especial pelas orações. O cristão que se aventura nos caminhos da espiritualidade sadia, pela oração e a prática da piedade, o verdadeiro crente, somente encontrará refrigério numa vida autêntica e íntima com Deus. Precisamos entender que devemos lidar com Deus sabendo que ele sabe todas as coisas, e a transparência deve permear nosso relacionamento com o Eterno, senão estamos nos enganando a nós mesmos e enganando aos outros, mas nunca enganando a Deus.
O bom cristão, aquele que deseja desenvolver uma vida de oração frutífera, deve primar, em primeiro lugar, por uma vida alegre, autêntica e transparente diante de Deus e dos homens. Deve prezar pelo relacionamento íntimo, pessoal e cheio de vontade para estar com a pessoa de Deus. Ser amigo de Deus – essa é a busca de quem, de fato, quer ser um cristão autêntico. Esses verdadeiros crentes em Jesus colocam suas necessidades e agradecimentos diante do Pai de maneira clara e constante, sem esperar nada em troca, confiando que sua recompensa está ligada exclusivamente ao privilégio e prazer de ter uma relação pessoal com o Criador do universo. O seu prazer real é ter uma intimidade com Deus, e nada mais. E o fazem através de uma vida de oração constante.
Que Deus nos ajude a manter um relacionamento autêntico, sincero e verdadeiro para com Ele, e esperar somente a alegria de poder estar na Sua presença e desfrutar de Sua agradável companhia. Isso nos basta!