À Cristo foi atribuído O TRÍPLICE OFÍCIO, profético, sacerdotal e real, o qual Ele exerceu tanto em seu estado de humilhação como no de exaltação. Como Profeta, Ele nos revela a vontade e a pessoa de Deus; Como Sacerdote, Ele é nosso mediador diante de Deus, oferecendo a si mesmo, uma só vez, em sacrifício para satisfazer a justiça divina e nos reconciliar com o Pai e vivendo sempre para interceder por aqueles que se achegam a Deus; Como Rei, Ele governa juntamente com o Pai sobre o mundo e protege o seu povo.

O evangelista Mateus nos apresenta uma visão de Jesus Cristo como REI. Portanto, para maior compreensão de seu Livro, temos que ter em mente o correto conceito de REINO DOS CÉUS.

Cristo vem “inaugurar” o reino de Deus aqui na terra e uma vez inaugurado, ninguém, nem mesmo Satanás, consegue travar e/ou impedir a edificação deste Reino.

O Reino de Deus tem um governo real e universal de Deus estabelecido no Céu e na Terra, alcançando sua plenitude na segunda vinda de Cristo e com existência eterna; da mesma forma tem uma condição, de carácter espiritual existente em todos aqueles que estão na graça de Deus. – O Reino Está Dentro de cada um de nós sendo revelado pelo Espírito Santo, que é o selo da justificação (Lucas 17:20,21).

Nos 4 primeiros capítulos de Mateus, o evangelista mostra a legitimidade de Cristo ao trono. Agora, no início do capítulo 5, o Rei Jesus traçou o perfil dos cidadãos do Seu Reino.

O termo original traduzido como “bem-aventurados” significa estar “plenamente satisfeito”. Nas páginas do Novo Testamento, entretanto, é usado com respeito à alegria que resulta da salvação (cf. Sl 51.12) que independe de circunstâncias favoráveis na vida, mas da habitação do Espírito de Cristo na vida do indivíduo.

Os “pobres de espírito” tem a consciência do próprio desamparo espiritual e da total dependência de Deus; “Os que choram” são aqueles que lamentam os seus pecados e os de outros. “Os mansos” tem um conceito de si mesmos como pecadores; “os que têm fome” não somente tem fome, mas “São famintos” da justiça de Deus; Os “misericordiosos” são caracterizados por sua atitude para com seu próximo. A “pureza de coração” somente pode ser obtida através do sangue de Jesus. “Um pacificador” não é simplesmente alguém que tenta interromper as guerras ou as contendas, é um crente que tem a paz de Deus e que traz esta paz a toda a humanidade em sua volta. “Sofrer perseguição por causa da justiça” é uma marca visível do cidadão do Reino, que é um Reino de Justiça.

Não basta entender o Reino de Deus. É necessário um real envolvimento dos seus súditos na incansável busca de se tornar semelhante ao seu Rei até sua triunfal volta.

MARANATA – VEM SENHOR JESUS!