Nos Evangelhos, Jesus nos informa que o cumprimento de toda a lei é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O amor, como podemos notar, é o centro de todo o relacionamento com Deus e com o próximo. Não é de se admirar, portanto, que todas as nossas ações são julgadas pelos padrões do amor, como diz o apóstolo Paulo em sua carta magna do amor, em 1 Coríntios 13.
O verdadeiro amor é aquele que é de fato e de verdade, e na prática isso se traduz em amar aquele que não me ama, que talvez até me persiga e me odeie (Mateus 5.43-48). O Senhor Jesus nos diz que amar sob condições favoráveis é muito fácil. Amar aqueles que nos tratam bem, nos incentivam, gostam de nós, e até torcem por nós, é muito cômodo, e até recompensador. Mas amar aqueles que nos perseguem, não querem o nosso bem, nos odeiam, isso sim é que é, de acordo com o padrão bíblico, o verdadeiro amor.
Acreditamos nos ditos populares, e um deles é “Não faça aos outros aquilo que não você não quer que eles façam a você”. Em Lucas 6.27-40 Jesus nos diz que a lógica divina é oposta à nossa: “faça a eles o que você quer que seja feito a você”. Devemos agir em prol e benefício daqueles que são nossos “inimigos”, e assim atrairemos bênçãos para as nossas próprias vidas. Devemos querer o bem deles, e envidar esforços para que o bem que queremos para eles os alcancem, e assim as mesmas bênçãos desejadas aos nossos inimigos estarão a caminho de nossas vidas. Lei divina; resultados certos!
O amor é o mais alto ponto de qualquer coisa concreta ou qualquer coisa imaginável. O amor é o ingrediente número um, o mais necessário à vida. Sem amor a vida fica complicada, difícil, impossível; ainda que seja uma dose pequena de amor, ela é necessária para a continuidade da vida. E o verdadeiro amor somente é revelado quando eu promovo uma ação em benefício daquele que me persegue, daquele que não gosta de mim, daquele que se diz meu inimigo.
Na prática, este amor pode ser encontrado e visto em nosso cotidiano através do perdão. Amamos de fato e de verdade quando perdoamos e pedimos perdão. Esta é a maneira mais eficaz de avaliarmos se realmente amamos. Se você realmente ama alguém, você pede perdão e perdoa. A Bíblia diz que o amor perdoa “setenta setes” (Mateus 18.22), ou seja, o perdão como o amor não tem fim.
Será que essa tem sido a sua característica? Será que você tem sido paciente, longânimo, perdoador, tem buscado o interesse do próximo, mesmo das pessoas que te perseguem? Se não, ainda que você seja o maior dizimista do planeta, frequente todos os cultos e trabalhos da igreja, seja voluntário em muitas das atividades da comunidade, dedique tempo e talento a qualquer causa, nada disto tem valor algum diante de Deus. O que tem valor para Deus é o amor!
Precisamos amar para ver a nossa comunidade ao nosso redor constrangida pelo amor de Deus revelado através de nossas ações práticas na direção do outro. Ações que perdoam, que acolhem, que compreendem, que alcançam; ações na direção do outro, daqueles que nos perseguem, até mesmo dos nossos inimigos; pois quem ama a Deus deve também amar ao seu irmão (1 João 4.21).
A minha oração é que possamos buscar a perfeição em nossas vidas, amando de fato e de verdade, não só de palavras, e que Deus nos abençoe.
Rev. Robson Gomes