A Alegria no Advento de Jesus

Estamos celebrando o Terceiro Domingo do Advento, e ele remete nossos pensamentos para a alegria, o mesmo que os nossos primeiros pais receberam as promessas divinas de vida, salvação e paz. Desde o início, Deus havia decidido ir na direção do ser humano caído e amá-lo. Para que isso acontecesse, ele fez alianças e pactos com sua criação, fruto de seu amor. Suas preciosas promessas devem produzir em nossos corações a alegria indizível.

O Natal é uma dessas promessas lindas que foi cumprida de forma tão peculiar e singela, e por isso mesmo que os anjos anunciaram aos pastores uma notícia que iria trazer grande alegria para eles, e para todos nós. A grande promessa de um salvador para a humanidade, que havia sido anunciada lá no Gênesis, se cumpriu na história. Assim, o tempo do Natal é para que recordemos que aquele que fez a promessa é fiel a ele mesmo e seus planos eternos, e irá cumprir tudo o que disse e prometeu. Isso deve produzir alegria em minha vida. E vale repetir que, o Natal, por ser uma data tão especial, precisa ser celebrado com grande alegria, e alegria essa que se baseia na promessa cumprida de um Redentor para nos resgatar de nossos pecados e da morte.

Portanto, devemos ter em mente que a alegria é algo possível, tangível, e é fruto de uma decisão, mesmo em meio a lutas e tribulação. É exatamente isso que nos ensina a Palavra de Deus. Somos chamados para vivenciar a vida como ela é, inclusive com suas provações naturais. O Senhor Jesus mesmo nos disse que no mundo passaríamos por aflições, mas que deveríamos ter coragem, pois ele havia vencido o mundo e estaria conosco até o último dia (João 14.18 e 16.10). O apóstolo Paulo em vários momentos nos encoraja a dar boas vindas as tribulações, como em Romanos 5.3, pois as tribulações produzem em seu resultado final a esperança. Também Tiago nos fala de que o sofrimento e as lutas e tribulações devem ser recebidas com ações de graças, ou seja, “…tenha por motivo de grande alegria o passardes por várias provações” (Tiago 1.2). Isso só nos leva a concluir que as dificuldades da vida têm propósitos, mesmo que muitas vezes não percebamos com clareza. Por isso a necessidade de fazermos uma escolha clara: a alegria em todo o tempo.

E mesmo percebendo essa condição do sofrimento humano, simplesmente pelo fato de existirmos, há muitos textos na Bíblia, e especialmente no Novo Testamento, que nos convidam a tomar uma decisão de ter alegria, de sermos pessoas alegres, de tomarmos uma decisão volitiva de nos alegrar. Uma das mais belas chamadas para mim é esse texto de Filipenses que lemos: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.

É mesmo uma ordem, um mandamento! É nos alegrar no Senhor, de onde vem nossa força, e não nas circunstâncias. Temos que ser intencionais para conseguir cumprir esse mandamento.

No Antigo Testamento meu texto predileto sobre a alegria é aquele que Neemias diz que a alegria do Senhor é a nossa força (Neemias 8.10), e há outros episódios que nos levam a considerar, que mesmo em meio a tribulações, somos convidados a escolher a alegria.

Jesus, mais do que ninguém, nos ensina que ele veio para nos dar vida abundante, e isso tem a ver com alegria em meio às tribulações. Vida abundante não nos garante isenção de lutas e problemas, mas nos assegura passar por elas com muita força e coragem, o que produz inevitavelmente alegria que gera paz.

O meu convite é que aprendamos a desfrutar, com alegria, a vida do jeito que ela se nos apresenta, e especialmente neste tempo de Natal, escolher intencionalmente estarmos alegres, como nos orienta a bíblia.

Por isso, amados irmãos e irmãs, Feliz e Alegre Natal!

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