Continuamos a nossa história sobre a vida do bebê que foi colocado no cestinho no Rio Nilo e encontrado pela filha de faraó, e que veio a se tornar o mais importante personagem da história de Israel, pois assim quis a providência divina.

Agora YAHWEH dá a ordem para que Moisés, já com 80 anos, volte para os hebreus e diga que Deus ouviu as suas preces e irá resgatá-los. Moisés é chamado para falar em nome de um Deus que acabara de conhecer e queria ter provas e certezas para acalmar sua insegurança e temor. Deus, em sua tremenda paciência e graça, ouve os queixumes e questionamentos de Moisés, e se “presta” a escutar pacientemente um homem fragilizado e cheio de medos, enterrado em suas frustrações.

Depois de muito arrazoar com Deus, Moisés é convencido, por conta da “insistência” divina, a ir levar as boas novas aos cativos hebreus. Moisés ainda tenta fazer Deus “desistir” dele, que em sua paciência aumentada, permite que Arão, seu irmão, seja seu companheiro nesta empreitada.

No capítulo 5 eles falam a Faraó sobre o que Deus havia dito, e o monarca egípcio, em retaliação, agravou ainda mais o serviço e os açoites dos hebreus, por não darem conta de terminar o trabalho designado. O povo se queixa com Moisés que se volta para Deus e começa a “resmungar” novamente e a questionar sobre a veracidade dos planos divinos.

Mas Deus, sendo o YAHWEH, o Todo-Poderoso, faz cumprir sua palavra, e envia 10 pragas sobre o Egito para revelar o seu grande poder. Por fim, depois de muito sofrimento, Faraó reconhece que deve deixar ir os hebreus, que foram libertos de forma maravilhosa.

Assim o povo avança na direção do deserto, com os despojos dos egípcios, como Deus havia ordenado, e todos, incluindo idosos, crianças, homens e mulheres, saíram libertos depois de 400 anos de escravidão. Deus vai à frente guiando o povo, de dia e de noite, até que se depara com o mar, o primeiro e grande obstáculo.

Entrementes, Faraó decide “mudar de ideia”, e vai ao encalço dos hebreus com seu exército. A situação não poderia ser pior: mar à frente, deserto de ambos os lados, e o exército de Faraó atrás. O povo se desespera, e mais uma vez se rebela contra Deus e seus enviados, e Moisés, com coragem, ousadia e confiança em Deus, diz que YAHWEH pelejaria aquela batalha por eles, e os livraria de Faraó e seu exército.

Deus diz a Moisés que marche na direção do mar; e o mar se abriu diante dos olhos atônitos de um povo incrédulo, que passou a pés secos; e todo o exército de faraó, que vinha a seu encalço, padeceu naquele mesmo dia afogado nas águas do Mar Vermelho.

História cheia de nuanças intrigantes, mas de clareza tamanha no descortinar de quem é YAHWEH e quem nós somos. Deus faz, e faz, e faz, e mesmo assim o povo continua murmurando e descrente; e Deus sempre paciente.

Somos como os hebreus que, mesmo conhecendo a Deus e seu grande poder, ainda assim nos rebelamos, murmuramos e nos tornamos descrentes de suas promessas e de seu poder. Temos a triste tendência de entrar em pânico quando nos vemos em dificuldades, e facilmente nos esquecemos de quem Deus é. Precisamos confiar mais…

Deixe Deus cuidar de você. Descanse o seu coração nas mãos daquele que é “poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3.20), e assim você experimentará a grande vitória do Senhor sobre os sobre seus medos, sobre os seus problemas, sobre seus inimigos, e sobre você
mesmo. Basta confiar e pronto. Simples assim.