Neste texto temos três personagens: – Um pai e dois filhos.
Um pai tinha dois filhos. O caçula pediu sua parte na herança, recebeu-a e logo partiu para uma terra distante, onde esbanjou tudo que tinha em prazeres sensuais e fúteis. Ele voltou para casa arrependido e para sua surpresa, foi recebido de braços abertos pelo pai.
Essa recepção isolou o irmão mais velho, que ficou profundamente contrariado. O pai, por sua vez, insiste com o filho mais velho para que participasse da recepção de boas-vindas do irmão e lhe estendesse perdão.
Essa parábola é conhecida como o “Filho Pródigo”, mas o próprio Jesus começa relatando: Um homem tinha dois filhos! Então eu me refiro a ela como “Os dois filhos perdidos“.
Nessa história, o Pai, simboliza o Pai Celestial, que Jesus conhecia tão bem.
Em que contexto isso foi falado? Os dois primeiros versículos do capítulo 15, situa essa fala de Jesus em um momento em que os publicanos e fariseus se aproximavam Dele para ouvi-Lo. Então os fariseus e mestres da lei murmuravam: “Este homem recebe pecadores e come com eles.”
Lucas nos mostra como cada um destes dois grupos reagiu a Jesus de forma diferente. Vemos que os publicanos e pecadores eram atraídos por Jesus. E isso deixava os religiosos (fariseus e mestres da lei) intrigados. (Como Jesus se atreve a interagir com esse povo pecador e imoral?)
Este ensino da parábola estava sendo dirigido aos escribas e fariseus. É um forte apelo para que o irmão mais velho mude a postura do seu coração.
Jesus revela aqui o egoísmo destruidor do filho mais novo, mas revela e condena o moralismo do irmão mais velho.
Geralmente as pessoas discriminadas, marginalizadas eram as que mais se sentiam atraídas por Jesus. Mas a nossa realidade hoje é bem diferente. Geralmente conseguimos atrair mais as pessoas com padrões morais mais parecidos com os nossos. Provavelmente temos mais irmão mais velhos do que podemos imaginar.
Precisamos de quê? Precisamos nos livrar das algemas de nosso estado de perdição, seja do irmão mais velho ou do irmão mais novo. A primeira coisa que necessitamos é da iniciativa do amor de Deus. O pai se dirige a cada um dos filhos, precipitando-se em amor. Jamais encontraremos a Deus se Ele não nos buscar primeiro. Mas precisamos nos lembrar de que Ele pode empreender essa busca de diferentes maneiras. Ele pode atirar-se radicalmente sobre nós, a exemplo do filho mais novo. Há ocasiões, que Ele agirá em silêncio e com paciência, mesmo que continuemos a evitá-Lo, como no caso do filho mais velho.
Se você já passou a ter sensação de que está perdido e se flagra tentando escapar dessa realidade, você precisa saber que, por si próprio, não teria condições de gerar essa sensação.
Em 2 Cor 5:19 diz: “Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, não levando em conta as nossas transgressões.”
Seja qual for a sua situação hoje diante do Pai, lembre-se que não há mal algum que o amor Dele não possa apagar e perdoar. O amor do PAI é oferecido da forma mais IMPONDERADA, sem limites. IMERECIDA GRAÇA.