Ao entender nosso Deus como Rei do Universo, o Guardião da Aliança, o Eterno, o Imortal e o Todo-Poderoso, qual deveria ser a nossa resposta adequada diante dele? Como vivemos de acordo com essa realidade? Essa é uma reflexão necessária para vivermos vida plena e satisfatória, e que certamente nos conduz a adora-lo.
Nesse salmo o salmista usa o nome próprio de Deus: Yahweh. Ele é o Deus eterno que faz aliança com mortais, e é fidelíssimo em cumpri-la. Este salmo, que serviu de inspiração para tantos hinos, resume sua ênfase sobre o governo soberano de Deus, a bondade para com seu povo, sua fidelidade ímpar, coisas que deveriam promover naturalmente glória, honra e louvor a Deus. É até “fácil” de se entender que o povo de Israel louvasse a Deus alegremente e a plenos pulmões, mas aqui o salmista convida todas as nações para fazê-lo, colocando nosso Deus em seu devido lugar: o Senhor de toda a terra! E isso inclui você e eu.
Uma coisa clara nesse lindo salmo é que o nosso louvor deve nos despertar para o serviço da causa do Senhor, pois somente ele é o Deus verdadeiro. A verdadeira adoração conduz ao verdadeiro serviço, e o verdadeiro serviço é uma forma prática de adoração. Este salmo também reflete o credo do judaísmo que ressaltava que Yahweh é o único e verdadeiro Deus, que Ele é o Criador de todas as coisas, que Israel era o povo exclusivo dele, que Yahweh é sempre bom, que sua bondade dura para sempre, e que sua fidelidade perdura por todas as gerações. Esse credo ajudou Israel em muitas ocasiões de tensão e crise nacionais. E ele, com certeza, serve plenamente da mesma forma para nós, cristãos de hoje e de todas as eras.
Um fator de muita clareza aqui é que o salmista declara, sem dúvida alguma, que Deus existe, e Ele merece nosso louvor. O Deus que está no controle total também é um Deus amoroso que faz um pacto misericordioso com o povo pecador na direção de redimi-lo de seus delitos e pecados. Deus nos cria e nos chama de Seus – coisa linda! Nossa resposta adequada a essas verdades maravilhosas sobre o nosso Deus e Rei, que cumpre e sustenta seu pacto para com a humanidade caída, é louvá-lo, adorá-lo e servi-lo com todo o nosso coração.
A tendência natural da humanidade é para o legalismo e o moralismo, e por isso a graça de Deus, muitas vezes, parece “produzir” uma dificuldade enorme para muitos. Parece que não sabemos receber livremente seu amor imenso, e que precisamos de “pagar de volta” toda graça e misericórdia que ele nos concede. Nossa resposta a ele precisa se tornar, de forma óbvia e natural, em reverência, gratidão, contentamento e um desejo espontâneo de louvar o seu glorioso nome, não por obrigação legalista, mas de livre, espontânea e de forma volitiva. Isso é de fato estar grato simplesmente pelo do que ele é. Saber quem de fato ele é, somente isso, seria motivo suficiente para celebrar o seu eterno e bendito nome e adorá-lo em todo o tempo.
Interessante é que nós, seres humanos criados à imagem e semelhança do Criador, somos criaturas naturalmente responsivas. Deus nos fez assim. Quando vemos um bebê que acabou de chegar em nossa família, a gente fala “ooh” e “aah”, não é mesmo? Quando os amigos adquirem um bem novo, respondemos com alegria (ou deveríamos responder) dizendo o quanto estamos felizes por sua compra. Coisas assim… Deus nos criou desta maneira para que, dessa mesma maneira, respondamos à sua eterna majestade e bondade com alegria, com canto, com ações de graças, com louvor e com muita bendição ao seu nome bendito.
Então, nosso chamado é para que fixemos nossa fé em Yahweh para vivermos uma vida repleta de respostas alegres e positivas de uma adoração adequada àquele que merece toda a nossa adoração. Aceite, assim, esse maravilhoso convite do salmista para uma adoração santa ao nosso eterno Deus.