Apesar de o tempo fazer parte da nossa natureza, somos extremamente limitados por ele, de forma que alguns até dizem que ele nos escraviza. De fato o tempo é uma das dimensões que não dominamos por isso o conceito de eternidade se torna difícil compreender. Algo que sempre existiu e sempre existirá. Como pode ser isso? Mas a bíblia nos afirma que Deus é eterno. É algo tão superior a nós que causa contemplação e até temor.

Pensando sobre o assunto compreendi que Deus é eterno porque simplesmente não podemos medi-lo com o nosso tempo. Ele não teve início e nem nunca terá fim porque Ele não está, Ele É! Em várias passagens das escrituras Deus se nomeia como Eu Sou. A primeira vez foi quando ele falou a Moisés do meio da sarça que estava em chamas não se consumia, no monte Horebe. Deus estava chamando Moisés para a grande missão de liderar os Israelitas na saída do Egito e leva-los ao deserto. Deus queria se revelar ao povo que tinha escolhido para si, mas o povo já havia se esquecido dele e Moisés sabia disso.

Moisés perguntou: “Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? ’ Que lhes direi? “Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês.” (Êx 3:13,14).

O nosso Deus É. Várias vezes encontramos na Bíblia expressões como “O Senhor reinará eternamente” (Ex. 15.18). São as formas possíveis de expressar uma existência que transcende o tempo. Ele não só é eterno como também é autoexistente. A natureza de Deus é diferente e infinitamente superior à natureza da sua criação, de forma que a nossa compreensão não alcança a complexidade da essência e sabedoria de Deus. Em meio a toda essa imensidão, Deus resolve iniciar a criação. Será que Ele estava entediado e aí resolveu criar uma meia dúzia de coisinhas fantásticas só por diversão?

Um universo infinito regido por leis sobre as quais os cientistas ainda se debruçam para tentar desvendar. Ele criou o nosso tempo espaço com cerca de 2 trilhões de galáxias já registradas. Só na nossa via láctea temos cerca de 250 bilhões de estrelas. Uma dessas estrelas, o nosso Sol, que é o centro de um sistema composto por oito planetas, seus satélites naturais, além de cometas, asteroides e meteoros. E apenas um desses planetas é o nosso, com toda a diversidade de minerais, seres vivos, fenômenos e processos, alguns conhecidos e outros que nem imaginamos que existem.

Deus, o eterno, o grande Eu Sou, merecedor de toda glória e honra criou tudo para glorificar o nome Dele. Cada corpo celeste, cada estrela e planeta foram criados para o louvor da sua glória. Toda a criação louva o nome do nosso Deus, assim como o salmo 148 diz. Fomos criados sujeitos ao tempo para que nele nos fosse revelado o amor de Deus e assim pudéssemos compreender que ele é o merecedor de toda a glória.

Ele não nos criou para sermos seus fantoches. A história da humanidade que teve início no Éden, a anunciação e vinda de nosso salvador, até o seu sacrifício na cruz em nosso lugar, tem como objetivo a glória de Deus. O amor com o qual ele nos amou mostra que fomos escolhidos e separados por Ele para que pudéssemos nos juntar à sua criação e render glórias ao seu Santo Nome durante a nossa vida.

Que possamos viver as nossas vidas cheios do Espírito que recebemos Dele a fim de manifestar por meio das nossas atitudes a glória que é devida ao nome do nosso Deus.