A igreja cristã comemora uma data pouco lembrada pelos cristãos do hemisfério sul, principalmente pelos protestantes: a Epifania. Esse termo quer dizer “manifesto” ou “manifestação”, normalmente chamado no meio cristão como “Dia de Reis”, comumente celebrado em 06 de janeiro.
Essa data celebra a primeira visita de homens não judeus à manjedoura. É a primeira vez que Jesus é apresentado para o mundo gentio e pagão. Epifania, então, é a chegada dos magos orientais na vila de Belém à procura de um recém-nascido rei – um momento, sem sombra de dúvidas, espetacular, quando sábios e reis se dobram diante da humildade e singeleza do menino Deus.
Os reis magos, como são chamados, foram guiados por uma estrela especial que anunciava o nascimento de um grande rei. Quando chegaram a Belém entendem prontamente que estavam diante deles o Rei de Israel, e assim prestaram-lhe a devida homenagem. Quem eram esses reis, não se sabe ao certo, e nem mesmo quantos eram. O que se sabe, de fato, é que aqueles homens, sábios e importantes das regiões longínquas do oriente, foram adorar o Salvador do mundo, lá na Judeia. Certamente gente versada em ciência e gente que conhecia os “mistérios” do universo, e assim Deus se revelou a eles, gente pagã, para manifestar o seu filho recém-nascido em Belém.
Nós precisamos aprender com aqueles magos do oriente que se admiraram e adoraram o menino judeu, o Rei do universo. Como eles, devemos sempre nos apresentar diante do Rei Jesus com as mãos cheias. Não podemos nos achegar diante de um trono de um monarca, especialmente o do Senhor do Universo, o Rei Jesus, de “mãos abanando”. Como eles, devemos ir adorar o menino Rei, prestar culto a Deus, com ofertas generosas, com algo de real valor, para oferecer voluntariamente a ele. Os magos ofertaram incenso, ouro e mirra, e penso que devemos fazer o mesmo: hoje mesmo, devemos ofertar nosso incenso, nosso ouro e nossa mirra; devemos ofertar a ele os nossos tesouros.
A maneira prática de fazermos isso é vivendo a carreira da fé, é viver para agradar e servir o Reino e seu soberano – de todo o nosso coração e em todo o tempo! O envolvimento com as coisas do Senhor Jesus, tais como, lavar a louça, pegar um ônibus, cuidar das crianças, preencher um relatório para o chefe, jogar futebol, e tantas outras atividades, é, na prática, servir ao Reino, fazendo tudo o que nos vier às nossas mãos como para o Senhor (Colossenses 3.23). Tudo mesmo!
Somente com corações dedicados e decididos em obedecer é que teremos condições de ofertar tudo o que somos ao nosso Deus. A sua vida por inteiro é a sua oferta! Portanto, traga-a hoje mesmo com gratidão e alegria, e deposite-a aos pés do menino Jesus, como fizeram aqueles sábios do passado. Deus se fez conhecido àqueles homens, que nem eram judeus. E eles, por orientação divina, largaram sua terra, seus familiares, seus bens, largaram tudo, para encontrar o Salvador do Mundo, o Rei dos judeus, o nosso Rei. Foram e ofertaram voluntariamente, generosamente, alegremente e obedientemente a Deus os seus tesouros. Assim também, Deus se faz conhecido em nosso meio hoje; devemos fazer o mesmo!
Que possamos ofertar cada dia mais nossas vidas aos pés do Senhor Jesus, aos pés do Rei dos reis, e assim certamente teremos um feliz e abençoado 2.022! Paz e bem a todos!