O evangelho de Jesus Cristo, segundo João, foi escrito com o propósito de “que todos creiam que Jesus é o Messias, Filho de Deus, e para que, crendo, tenham a vida eterna. João começa os seus escritos, afirmando que no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ainda no primeiro capítulo, João atribui 7 títulos à Jesus: JESUS DE NAZARÉ, totalmente HUMANO, é o REI MESSIANICO e MESTRE de Israel. É o FILHO DE DEUS, O CORDEIRO DE DEUS, que morrerá pelos pecados do mundo. Este conhecimento de quem é Jesus é essencial para o entendimento do texto em pauta hoje.
Mas qual é a missão de Jesus? Qual a sua autoridade? Porque e para quem ele tem que defender sua missão e autoridade? O que isso tem a ver com a sua e a minha vida?
A missão de Cristo é afirmada por Ele mesmo em Lc 4:18 quando Jesus faz a leitura do livro do profeta Isaias 61: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos.” Aqui nosso Mestre, ao afirmar “hoje se cumpriu esta profecia”, demonstra ser o portador do Espírito, o Profeta escatológico, Aquele proclamador das boas novas, o arauto do Evangelho, Aquele que traz a libertação dos oprimidos. Jesus, como enviado do Pai, vem trazer salvação a todos àqueles que o Pai o confiou (Jo 18.9). Suas palavras vivas, seu testemunho vivido, vêm trazer salvação para os que Nele Creem. Ao mesmo tempo, essas mesmas palavras levam aqueles que não creem à morte eterna. “Para onde Eu vou, vós não podeis ir” (Jo 8.21). Jesus recebeu toda autoridade sobre o céu e a terra, autoridade que lhe foi dada desde a eternidade (Ele estava com Deus desde o princípio, e tudo foi criado por intermédio Dele) pelo Deus Pai para que sua missão fosse cumprida aqui no seu Reino (Mt 28.18). Jesus defende sua posição de Deus através da expressão “EU SOU” (vs 28 e 58) citada por diversas vezes no livro de João. Ele se impõe frente a religiosos que representavam as autoridades eclesiásticas que não agiam com humildade e compaixão como o Jesus de Nazaré. Eles estavam cegos e incapazes de ver o Cordeiro Imaculado de Deus. Eles eram arrogantes demais para entenderem que só há salvação no Filho de Deus. Essa dura realidade espiritual levou os filhos da perdição a atentarem contra a vida daquele que nunca pecou (vs 59). Eles acreditavam na vinda do Messias, mas nunca creram no Cristo. Assim como eles, temos os “modernos” fariseus que preferem um Jesus na Cruz a aceitarem um Jesus Salvador e Senhor de suas vidas. Para esses, o Jesus “preso na cruz” não interfere na sua vida medíocre debaixo deste sol. Ao contrário, aqueles que Creem no Jesus ressurreto têm suas vidas transformadas e confrontadas pelo Divino Espírito Santo. São levados a buscar um novo padrão de vida, livres e longe do pecado. Estes, os crentes genuínos, são então comissionados, enviados como ovelhas aos lobos (Mt 10.16), para continuar a missão do nosso Senhor e Salvador. Sim, temos a mesma missão e o mesmo fim do nosso irmão mais velho. Com a mesma autoridade levaremos Sua missão a cabo. Missão dada, Missão cumprida! A missão que nos foi confiada é a mesma, com a mesma autoridade divina, nosso final também é o mesmo Dele. Com a morte do nosso velho homem obteremos a salvação eterna das nossas almas mediante a fé, através da morte do Primogênito do Pai. Morremos com Cristo e ressuscitamos com Ele (Rm 6.5-9). Esta é a maravilhosa Missão que o Deus Pai deu ao seu Unigênito, o qual nos comissionou para continuarmos a cumpri-la durante a nossa vida aqui. É simples assim, mas não é fácil. Por isso Ele prometeu que estaria conosco até a consumação dos séculos, onde Ele tem reservado maravilhas para os seus eleitos. Maravilhas que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou o coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Mãos à obra, a seara é grande…..