Graça Comum – O Exercício Diário de Abençoar as Nações.

Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da separação de Deus (Gênesis 2.17). Do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do pecado é a morte”, é o que diz Romanos 6.23.

Verdade que Adão e Eva não morreram fisicamente imediatamente depois que pecaram (embora a sentença de morte começasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram). Então, como Deus poderia continuar a conferir bênçãos a pecadores que mereciam somente a morte — não somente aos que finalmente serão salvos, mas também a milhões     que nunca serão salvos, cujos pecados nunca serão perdoados?

A resposta a essa pergunta é que Deus concede-lhes graça comum. Podemos definir graça comum da seguinte maneira: Graça comum é a graça de Deus pela qual Ele concede às pessoas bênçãos inumeráveis, que não são parte da salvação. A palavra comum aqui, significa algo que é dado a todos os homens e não é restrito aos crentes ou aos eleitos somente.

Diferentemente da graça comum, a graça de Deus que leva pessoas à salvação é muitas vezes chamada “graça especial”. Naturalmente, quando falamos a respeito da “graça comum” e da “graça salvadora”, não estamos sugerindo que há duas diferentes espécies de graça no próprio Deus, mas apenas estamos dizendo que a graça de Deus se manifesta no mundo de duas maneiras diferentes.

Por que Deus concede graça comum a pessoas imerecedoras, que nunca virão à salvação? Podemos sugerir ao menos quatro razões:

  1. Para redimir todos os que serão salvos. Pedro diz que o dia do juízo e da execução final de punição está sendo retardado porque há ainda mais pessoas que serão salvas. “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao ” (2 Pedro 3.9-10).
  2. Para demonstrar a bondade e a misericórdia de Deus. A bondade e a misericórdia de Deus não são vistas somente na salvação dos crentes, mas também nas bênçãos que Deus dá aos pecadores que não as Quando Deus “é bondoso para com os ingratos e maus”, como em Lucas 6.35, essa bondade é revelada no universo, para a Sua glória. Davi diz: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas” (Salmo 145.9).
  3. Para demonstrar a justiça de Deus. Quando repetidamente Deus convida os pecadores a virem à fé e repetidamente eles recusam aos Seus convites, a justiça de Deus em condená-los é percebida muito mais Paulo adverte que, quem persiste na incredulidade está simplesmente acumulando a ira para si mesmo: “Contudo, por causa da teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento” (Romanos 2.5). No dia do juízo todas as bocas serão silenciadas (Romanos 3.19) e ninguém será capaz de contrapor que Deus foi injusto.
  4. Para demonstrar a glória de Deus. Finalmente, a glória de Deus é revelada, de muitas formas, pelas atividades dos seres humanos em todas as áreas, nas quais a graça comum está em operação.

 

Pensando sobre as várias facetas da bondade de Deus vista na vida dos rejeitaram a Deus, por causa da graça comum que Deus dá abundantemente, devemos  ter em mente três pontos:

Graça comum não significa que quem a recebe será salvo. Mesmo uma porção excepcional de graça comum não significa que quem a recebe será salvo. Até as pessoas mais habilidosas, mais inteligentes, mais ricas e mais poderosas no mundo, ainda eles carecem do Evangelho de Jesus Cristo ou serão condenadas eternamente!

Devemos ter cuidados em não rejeitar as coisas boas que os descrentes fazem, considerando-as totalmente más. Pela graça comum todas as pessoas, crentes e descrentes, fazem coisas boas, e devemos ver a mão de Deus em todas elas, sendo agradecidos por elas. Um exemplo é com relação as amizades, em cada ato de bondade delas, no que elas trazem de bênçãos para outras pessoas.

A doutrina da graça comum deveria estimular nosso coração à gratidão muito maior a Deus. Essas bênçãos no mundo não são apenas evidências do poder e sabedoria de Deus, mas a manifestação contínua da Sua graça abundante. A percepção deste fato deveria fazer nosso coração se encher de gratidão a Deus em cada atividade de nossa vida.

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