A reflexão deste domingo será sobre a vida de uma heroína da fé, a rainha Ester. Ela se destacou na história de Israel por seu dinamismo, inteligência, perspicácia e coragem; também por sua beleza. Ela foi responsável por evitar um genocídio dos judeus cerca de meio século antes de Cristo. Ela enfrentou poderes e a maldade humana com fé e determinação.
A história nos conta que o rei medo persa Assuero, ou Xerxes, por cento e oitenta dias planejou a invasão da Grécia pelo seu exército. Feliz e impressionado consigo mesmo, ao cabo destes dias, dá uma festa de sete dias, de magnitude ímpar, para celebrar seus planos. No último dia da festa, ele decide chamar sua esposa, por nome Vasti, para mostrar a todos a sua formosura. Ela, porém se recusa a ir, e a ira de Assuero se ascende, e ele decide depor sua esposa do status de rainha.
Passados quatro anos, depois de sua derrota militar para a Grécia, Assuero decide escolher uma esposa para ser sua rainha. Convoca as moças mais belas de todo o seu reino e escolheria dentre elas a que mais lhe agradasse. Dentre milhões de mulheres de seu império, ele, de forma única e peculiar, escolhe uma judia órfã, por nome Hadassa (hebreu) que recebe o nome persa de Ester, que significa “Estrela”. Ela é coroada rainha de todo o império pela divina providência.
Um personagem importante nesta história é Mordecai, primo de Ester. Ele a adotou e criou quando da morte de seus pais. Ele ficava diariamente na porta do palácio para ouvir notícias de sua “filha”, e ali ouviu sobre uma conspiração para matar o rei. Reporta imediatamente o fato a Ester, que leva ao conhecimento do rei, que debela o ataque de seus inimigos, e assim é salvo.
Também nesta trama havia um homem muito importante no reinado de Assuero, que se tornou seu principal conselheiro e mais importante príncipe, de nome Amã. A ordem imperial era para que todos se dobrassem diante de Amã quando ele passasse, contudo Mordecai não se curvava. Decidido a matar Mordecai, Amã trama um plano vingativo para exterminar não somente Amã, mas todos os seus compatriotas judeus.
Convence o rei de seus planos malignos, e marca-se o dia em que todos os judeus seriam aniquilados, mortos pelas mãos dos Persas. Mordecai insiste para que Ester interceda pela vida e seu povo junto ao rei.
Ela elabora um plano, e depois de dois banquetes oferecidos ao rei pela rainha, com a presença de Amã, ela faz saber ao rei dos planos malignos de Amã, que recebe a sentença de morte ali mesmo na sala do banquete. É enforcado na forca que ele mesmo mandou preparar para pendurar Mordecai.
Ester, mesmo correndo risco de morte, apela para que seu marido salvasse os judeus de tamanha atrocidade. Assim, o rei promulga outro edito dando poderes para que os judeus pudessem reagir e lutar por suas vidas. Eles assim procedem, e ao invés de terem sido aniquilados, como era o plano do mal, eles vencem seus inimigos.
Em todo o livro de Ester o nome de YAHWEH não é citado. Não há menção de Deus nele, mas o tempo todo a presença do Deus de toda a providência e seus planos eternos estão em evidência. A providência divina vista nos pequenos detalhes revela um Deus que controla a história. Deus está ali de maneira muito direta, e assim também em nossas vidas.
Precisamos crer que Deus tem planos eternos para cada um de nós, e não nos desamparou, nem desamparará. Ele prometeu e cumprirá seus propósitos de levar a bom termo tudo o que planejou. Ester foi levantada rainha para aquele propósito, o de salvar o povo de Deus. Ela não estava ali para “ser feliz”, ou ser um exemplo que os mais simples podem também vencer na vida. Não. Deus tinha um plano especial para aquela moça judia, pobre e órfã, como tem um propósito singular para a sua vida.
Creia nisso.