Tempo de Natal e muitas expectativas no ar. Gente pra lá e pra cá, e muita correria também. Essa estação do ano é sempre muito festiva e agitada, especialmente para as crianças que experimentam férias escolares e a possibilidade de um Natal farto e feliz. Isso precisa estar atrelado à pessoa de Jesus, e não tanto aos presentes e as promessas de natal. E isso nós precisamos, com diligência, ensinar às nossas crianças.
Há um episódio bem curioso nas Escrituras, no Evangelho de São Mateus 21, quando Jesus cura muitos enfermos, cegos, coxos no templo. Ele sempre estava sendo observado e vigiado pelas autoridades do templo que sempre queriam acusá-lo de algum tropeço. Nesse caso que citei, Jesus estava em Jerusalém na última semana de sua existência aqui na terra, e cumpria ali as profecias a seu respeito. A indignação dos sacerdotes e escribas era porque ele aceitou a criançada fosse gritando atrás dele, reconhecendo-o como o Messias de Deus, o que para aqueles homens era absurdo e um sacrilégio. Jesus conhecia seus corações, e quando eles o inquiriram sobre essa atitude das crianças, ele responde usando a Palavra de Deus, dizendo: Da boca de pequeninos e crianças de peito sai o perfeito louvor. Que resposta sensacional e intrigante.
Gostaria de refletir sobre essa resposta de Jesus e o ensino por detrás dela. Jesus sempre disse ou agiu de forma intencional. Ele sempre queria ensinar com suas palavras e atitudes. Remeter ao clamor das crianças como parte de afiançar seu ministério e confirmar quem ele era, certamente estava em sua agenda. Não hesitou em citá-las, como não hesitou em censurar os discípulos quando tentaram impedir que as crianças chegassem até ele (Marcos 10.14). Naquela ocasião ele disse que o reino dos Céus era para gente como aquelas crianças, o que está perfeitamente sintonizado com o nosso texto de hoje.
O Mundo idealizado de Jesus é onde só a “criança” tem valor, ou seja, precisamos ser como crianças o tempo todo. O Reino de Deus pertence a elas e aos que se comportam como elas, como diz o Mestre. Neste mundo não há espaço ou lugar para “adultos” e seus comportamentos egoístas e preconceituosos. Todos devem imitar as crianças porque delas é feito o Reino de Deus. É o lugar da sinceridade e transparência, da obediência e lealdade, do amor franco e dedicado, do carinho manso e afeto amoroso. O Reino de Jesus é o das crianças, e por isso elas são convidadas a vir, a ir até ele, a estar em seu colo doce, a se deliciarem com seu afeto livre e feliz. É da boca delas que sai o perfeito louvor a Deus. É por elas que nosso Pai é glorificado. É imperioso que sejamos como elas.
Quando pensamos neste tipo de mundo, incentivamos estes relacionamentos, quando criamos espaço para que ele aconteça, prezamos a espontaneidade e a sinceridade; relevamos a inocência e as boas ações; a caridade e o perdão; o amor e seus efeitos bondosos; nos lembramos da justificação graciosa sobre nossas vidinhas, nós os seus pequeninos. É assim que devemos nos comportar.
Devemos aceitar a Jesus e seu Reino eterno como uma criança o faz. Se quisermos ser parte do Reino de Jesus devemos aceitar seu senhorio e salvação de maneira espontânea e simples, em obediência e sujeição, em confiança e fé, com coragem e determinação. É na direção da pessoa de Jesus, como seus filhinhos e filhinhas amados que somos, que devemos correr de braços abertos, pois será assim mesmo que seremos recebidos. Nós, suas crianças amadas, seus filhinhos e filhinhas amados.
Por isso mesmo, meus irmãos e irmãs, enquanto o tempo do resgate final não chega, como peregrinos e forasteiro neste globo terrestre, empreitando a jornada da vida, e da vida adulta, devemos ir caminhando sempre ao lado de Jesus e em seu mundo, com segurança e fé. Esse é o mundo que devemos buscar estar, com Jesus, em seus braços ternos e eternos. É de nossa boca, simples e modesta, sem maldade ou rancor, que devemos proferir louvores ao Criador.
Hoje a noite faremos uma reflexão sobre o valor da vida. Relembraremos com louvor e gratidão a Deus as vidas das crianças prematuras. O nascimento é sempre um milagre. Junte-se a nós nesse culto a Deus.
E vamos todos, com nossas vozes e nossas bocas, louvar e adorar ao Doador da vida. Toda honra e toda glória a ele – Ele, o Deus sempre bom!