Ascensão de Jesus – A História rumo a Pentecostes

Hoje celebramos o 7º. Domingo do ciclo da Páscoa, que é também a celebração de um evento histórico importantíssimo: a Ascensão de Jesus Cristo, o filho de Deus.

Precisamos lembrar que sua morte, sua ressurreição, sua ascensão e a descida do Espírito Santo (Pentecostes) são capítulos de uma história que marcam definitivamente a ação divina na busca de redimir o homem perdido. Deus tem um plano redentivo perfeito para salvar toda a sua criação. O evento é múltiplo e complexo, mas é um só evento. Ele é chamado de Unidade Histórica Redentiva. É através da vida, ministério e obra de Jesus Cristo que somos contemplados com o prêmio maior que um ser humano pode receber – a salvação eterna.

Na quinta-feira passada, 40 dias após o Domingo de Páscoa, foi comemorada a Ascensão de Jesus, e esse fato é celebrado no domingo seguinte, portanto é hoje que em toda cristandade se relembra a Assunção de Jesus Cristo aos céus, onde ele está assentado à direita do nosso Pai Eterno.

A Bíblia nos fala que Jesus, após ter ressuscitado dentre os mortos, foi visto por muitos durante os 40 dias que esteve ressurreto entre os homens, antes de ser levado aos céus (1Coríntios 15.5-8). Portanto, a Ascensão de Jesus é algo espetacular e sobrenatural. Esse evento maravilhoso também aponta para uma realidade muito especial ainda por vir: o retorno triunfal do Cristo Exaltado à terra.

Jesus, após sua ressurreição, em seu novo estado corpóreo, com um corpo glorificado, diferente do nosso (apesar de não sabermos ao certo como será), foi elevado sobrenaturalmente às alturas diante de muita gente. O Cristo ressurreto subiu aos céus e hoje está assentado à destra de Deus intercedendo pelos seus eleitos. Contudo, esta condição é temporária, pois é do alto que ele retornará a terra pela segunda vez, revestido de toda glória e majestade. É quando todo olho o verá e toda língua o confessará como Senhor do Universo, conforme também afirmam as Escrituras.

Jesus, numa analogia perfeita, é o noivo da Igreja invisível. E a sua noiva, a igreja, somente poderá estar pronta para a “festa” do casamento quando todos os eleitos estiverem ajuntados ao redor da cruz; por isso Jesus Cristo aguarda, e com ele toda a criação, o dia glorioso quando ele há de voltar e redimir, de uma vez por todas, seu povo e sua criação da escravidão da morte e do pecado.

E é porque ele ascendeu aos céus e está assentado à direita de Deus Pai que ele pôde enviar o Consolador para suprir a igreja de dons, esperança e consolo. O Espírito Santo, habitando em nós, somente é uma realidade pela ação divina de glorificar a Cristo. O Pai somente envia o Espírito, pois Cristo, que está com ele, cumpriu sua missão, e aguarda o desfecho de todas as coisas. Cremos e anelamos que sua Segunda Vinda acontecerá em breve!

Louvado seja o nosso amado Deus que arquitetou plano tão especial para nós! A “espera” paciente de Deus e do nosso irmão mais velho, Jesus Cristo, é para que todos os eleitos sejam incluídos na família e no corpo de Jesus Cristo. Enquanto isso, Jesus revestido de poder aguarda o dia do encontro nos ares com sua igreja, e ao mesmo tempo, nós, a igreja, sua noiva, já equipada com o Espírito Santo, vamos nos adornando e nos preparando para esse encontro glorioso.

Portanto, nós, a igreja invisível e indivisível, a noiva, devemos estar cônscios de que o nosso Salvador está hoje assentado à direita de Deus Pai, glorificado em sua essência por sua obediência aos planos eternos, aguardando, da mesma forma que nós estamos, o dia ainda por vir, quando voltará e restaurará nele todas as coisas. E porque ele já está lá, de lá voltará para resgatar os que são seus.

E até que se cumpra esse dia, até que se consuma nossa salvação, devemos batalhar juntos pela fé do Evangelho de Jesus Cristo e na evangelização de todos os povos, através de nossas palavras e atitudes, para que muitos possam vir a se render a Cristo e seu Reino Eterno, e estar presentes também naquela festa tão maravilhosa que aguardamos com tanta ansiedade.

Espírito Santo de Deus, ajuda-nos a evangelizar o mundo ao nosso redor, enquanto clamamos: Maranata*, ora vem Senhor Jesus!

 

* Essa palavra grega significa um anelo, um anseio, pela volta gloriosa de Jesus a terra. Ela é uma palavra grega com o teor escatológico bem forte, e ao mesmo tempo um incentivo para vivermos evangelizando os povos e vivendo vida digna do Evangelho de Jesus, nosso Cristo.

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